terça-feira, 16 de novembro de 2010

My 20 Favorite Movies: #10. The Silence of the Lambs (1991, Demme)


Ora muito bem, continuando com a contagem decrescente até ao número um, em décimo lugar surge The Silence of the Lambs. Foi lançado em Fevereiro de 1991, e praticamente um ano depois, o filme de Jonathan Demme levava para casa 5 prémios da Academia (Ah, e foram só os big five – Filme, Realizador, Actor, Actriz, e Argumento, neste caso, adaptado – coisa pouca, portanto). Já o vi referenciado como o The Godfather de todos os thrillers e curiosamente creio que até à data ainda não encontrei vivalma que não gostasse do filme. Lambs é, portanto, um marco na história do cinema.


Em linhas gerais, Clarice Starling (Jodie Foster), uma rookie do FBI vê-se obrigada a visitar um notório assassino, Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), com o intuito de entrar na psíque de um outro assassíno, Buffalo Bill (Ted Levine), que tem um certo fascínio pela pele de jovens mulheres. Com a colaboração de Lecter, Clarice submerge na mente do psicopata que aterroriza Baltimore, tentando perceber o que o motiva, o que define a sua personalidade, tentando definir um padrão no seu metódico comportamento com o puro objectivo de o apanhar.

Bem, antes de mais adianto que The Silence of the Lambs é um daqueles filmes que sempre que passam na televisão, eu tenho que parar tudo o que estou a fazer, sentar-me e ver o filme até ao final (recordo-me que houve uma altura em que o canal Hollywood e o AXN exibiam-no 106 vezes por mês. Diga-se de passagem que não foi uma altura especialmente produtiva. Ahah. I kid, I kid).

Concordo com quem alguma vez disse que este é o The Godfather dos thrillers. É simplesmente impecável, e por mais que tente não consigo encontrar-lhe uma única falha. A realização de Jonathan Demme é extremamente concisa, tão meticulosamente precisa, maravilhosa. É também bastante understated – Demme reconhece, claramente, quais são os pontos mais fortes do seu filme e simplesmente salienta-os.

Nos icónicos papéis temos uma Jodie Foster e um Anthony Hopkins simplesmente geniais. A maneira como interagem durante todos aqueles jogos psicológicos é fascinante de se ver. A vulnerabilidade de Clarice misturada com a perversidade do Dr. conferem um magnetismo impressionante ao filme. I mean, mal consigo desviar o olhar do ecrã quando os dois confrontam-se!

Em última nota – A edição também merece aplausos. E digo isto julgando apenas a cena da visão nocturna. Fantástico!

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So, moving on with the countdown all the way to number one, in the 10th place comes The Silence of the Lambs. It was released in February 1991, and one year later, Jonathan Demme’s masterpiece would be taking home 5 Academy Awards (Oh, I should mention that Lambs won the gold in the big five categories – Picture, Director, Actor, Actress and Screenplay, in this case, adapted – Eh. Big deal). I’ve seen people referring to it as The Godfather of all thrillers and curiously, to this date, I still haven’t met a single person who dislikes this film. The Silence of the Lambs is, therefore, a true landmark in Cinema’s history.


Clarice Sterling (Jodie Foster) plays an FBI rookie that sees herself obliged to visit a notorious serial killer, Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), with the purpose to get into the mind of this other killer, Buffalo Bill (Ted Levine), who has a rather peculiar fascination with young women’s skin. With the help of Lecter, Clarice dives into the psyche of the psychopath who has been terrorizing Baltimore, trying to figure out what his real motivations are, what defines his personality, to figure out a pattern in his methodic behavior, with the big goal of catching him in mind.

Well, let me just start by saying that whenever The Silence of the Lambs comes on TV I have to drop everything I was doing, sit down, and watch it right to the end (I remember this particular time, where these two TV channels used to air it 106 times per month. Erm, I guess I wasn’t especially productive during that time. Ahah. I kid, I kid).

I thoroughly agree with whoever once said that this is The Godfather of all thrillers. It is simply impeccable and I just can’t for the life of me find a single flaw in this movie. Jonathan Demme’s direction is extremely concise, so meticulously precise, marvelous. It is also a very understated effort by the director – Demme clearly recognizes what is film’s strongest aspects are and he doesn’t get in the way. Instead, he just enhances them.

In the iconic roles we have Jodie Foster and Anthony Hopkins delivering some spectacular and genius performances. The way the play each other off through all those mind games is simply spell binding to watch. Clarice’s vulnerability is an excellent contrast to the Dr.’s perversity give the movie an incredible magnetism. I mean, I can barely take my eyes off the screen whenever these two characters meet.

My last note regards the editing. It deserved applause. And I say this by judging that “night vision” scene alone. Fantastic!


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9 comentários:

  1. Gosto do filme, mas nem de perto partilho do teu entusiasmo. Penso que é sobrevalorizado. Grande realização e montagem, de Demme e de Craig McKay, respectivamente. O olhar directo sobre a câmara é uma opção triunfal. Boas prestações de Jodie Foster e de Hopkins. Magnífico argumento de Ted Tally. Mas o filme não é nem excelente nem uma obra-prima, no meu entender.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD – A Estrada do Cinema «

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  2. Roberto - Ao menos gostas! yay! :D eheh. Hm, mas só por curiosidade: No meio de tantos bons aspectos que mencionas, o que é que te não faz gostar *imenso* do filme ao ponto de o considerares sobrevalorizado? :) Cumps

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  3. Um grande filme, sem dúvida. Uma marco nos thrillers de sempre, e uma verdadeira ode às interpretações a cabo dos protagonistas, que tal como dizes são geniais. Hannibal Lecter considero-o mesmo (e muitas listas também) como um dos melhores vilões alguma vez transcritos para o grande ecrã. Aterrador e imprevisível.

    Contudo nunca o colocaria nos meus filmes preferidos, longe disso, e apesar de gostar. E se me permites, acho que é daqueles casos que não tem muito por onde apontar, atingindo mesmo valores de excelência por vezes, mas que no computo geral dá a sensação de saber a pouco. A mim pelo menos aconteceu-me e porventura terá a ver com o facto de posteriormente a fórmula deste se ter repetido, e muito. Maybe.

    abraço

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  4. Jorge - Interessante. Consigo ver perfeitamente o teu ponto-de-vista! Com a quantidade de filmes que utilizam a fórmula do Silêncio dos Inocentes é perfeitamente perceptível que alguma da "magia" do filme se perca. Viste as sequelas? Eu nunca as vi mas segundo consta são de qualidade inferior ao filme de Demme. Será que ao vê-las, uma pessoa acaba por associar esse deslize na qualidade à "saga" toda, diminuindo eventualmente a qualidade percepcionada do primeiro filme? Interessante. :)

    Abraço

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  5. Não acho que este de Demme perca ao se ver as sequelas, até pelo contrário ganha por comparação :). Descredibiliza-se e tira a magia é com a visualização de carradas de filmes de terror e suspense que saíram depois e continuam a sair. Facto que diminui algumas surpresas e o próprio clima que o filme possui.

    Já vi as sequelas todas, à excepção da anterior do Mann - Manhunter. O Hannibal de Scott não está mau (sendo mesmo o único cronologicamente a seguir a este Silêncio dos Inocentes), mas tão pouco chega ao nível do de Demme. O Red Dragon é o que mais se aproxima em toda a saga do original (Demme) e da atmosfera que Hopkins e Foster transmitem. É mesmo o único que aconselho, enaltecendo a franquia como ela bem merece. E Ralph Fiennes está esplendoroso.

    A prequela recente Hannibal Rising tem um início muito promissor, mas afunda-se claramente. E é uma pena. Ainda assim para um fã aconselho todos :)

    abraço

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  6. Ahahah também sou como tu, cada vez que este filme dá na televisão tambem páro tudo o que estou a fazer! Até que decidi comprar o DVD:P
    Eu acho este filme absolutamente fantástico, Jodie Foster e Anthony Hopkins trabalham mesmo bem juntos. Tive muita pena que ela não tivesse feito o Hannibal.


    http://depoisdocinema.blogspot.com

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  7. Sarah - Ahahah! Também fiz o mesmo: "Erm, porque não comprar o DVD? :D"

    Ainda não vi o Hannibal, mas creio que quando vir, vou-me sentir um bocado estranho ao ver a Julianne Moore no papel que assentou tão bem na Jodie Foster. :/

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  8. Não esperes grandes coisas de Hannibal. Pelos menos para mim tratou-se de uma desilusão.

    Cumps

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  9. Dezito - Eheh. Don't worry, não estou à espera de nada de especial :)

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