Em 1972, John Stanley Wojtowicz e um companheiro seu, Salvatore Naturile, elaboraram um esquema e procederam à tentativa de assalto a um banco em Brooklyn. O plano, contudo, colapsa mal entra em operação e no final do dia os dois assaltantes eram mediáticos. P.F. Kluge escreveu um artigo sobre este evento intitulado de “The Boys in the Bank”, tendo sido publicado pela revista Life nesse mesmo ano. Foi esse artigo que serviu de fonte de inspiração para Dog Day Afternoon.
Sidney Lumet agarra a história, desenvolve-a e injecta uma grande frescura a este sub-género de Bank Heist, através de uma mistura de comédia e drama completamente harmoniosa. Baseado em eventos reais, Dog Day Afternoon retrata um assalto que em tudo corre mal, o que também não seria de espantar uma vez que as duas mentes por detrás do golpe não são propriamente as mais brilhantes que alguma vez pisaram a Terra.
Não vou entrar em grande detalhe para descrever a história pois sinto que este é um daqueles filmes em que o facto de não se saber muito sobre potencializa o impacto do filme e, consequentemente, o espectador poderá retirar o máximo proveito do mesmo.
Digo que é um filme bem executado. O ambiente de Nova Iorque dos anos 70 é tratado com uma enorme capacidade, e como tal, torna-se bastante autêntico. O argumento prima pelo profundo desenvolvimento das personagens ao longo do filme, ressalvando quedas em personagens estereótipadas e evitando que os temas nele explorados deslizem para clichês.
Mas o que brilha verdadeiramente, o que torna este filme único, o que triunfa sobre todos os restantes aspectos do filme, o que dinamiza por completo Dog Day Afternoon é o magistral desempenho de Al Pacino no papel de Sonny. The stuff that legends are made of. Simplesmente e fenomenalmente bombástico. Pacino lida perfeitamente com as várias mudanças de humor que a sua personagem sofre e confere-lhe ainda uma tremenda vivacidade. Antes de ter visto este filme, tinha somente visto o Al Pacino no The Godfather e apesar de considerá-lo bastante bom nesse filme, não conseguia ver exactamente o que existia de tão especial nele ao ponto de ser considerado por muitos como o melhor actor que alguma vez apareceu no grande ecrã. Este foi o ponto de viragem, o ponto em que, a meu ver, consolidou o estatuto de “All Time Great” de Al Pacino. Foi o ponto de situação que me fez tornar fã de Al Pacino.
Javier Bardem: “"There are two things I believe in, God and Al Pacino"
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In 1972, John Stanley Wojtowicz and one of his companions, Salvatore Naturile, developed a plan to rob a bank located in Brooklyn. That plan, however, collapses the minute it is put in action and by the end of the day, the two robbers were authentic media celebrities. P.F. Kluge wrote an article about this event with the title “The Boys in the Bank”, being published by Life magazine in the same year. That article served as an inspiration to Dog Day Afternoon.
Sidney Lumet tackles the story, develops it and injects huge amounts of freshness to this sub-genre of Bank Heist films, by mixing comedy and drama in a completely harmonious way. Based on real events, Dog Day Afternoon depicts a robbery in which everything falls to pieces, which is not very surprising considering the fact that the two minds behind the heist are not necessarily the brightest to ever walk on Earth.
I’m not going into great detail to describe the story because I do feel that this is one of those movies that are more enjoyable when you actually don’t know what to expect. I feel it maximizes both the viewer’s enjoyment as well as the film’s impact.
What we have here is a well executed film. The 70s New York’s atmosphere is treated with enormous ability, becoming extremely authentic. The screenplay glows through the deep character development, by avoiding stereotyped characters as well by preventing that the themes explored in the film slip into the cliché area.
Al Pacino’s mesmerizing performance as Sonny is that one element that shines, that makes this film unique, that makes the whole movie so dynamic. The stuff that legends are made of. Simply and phenomenally bombastic. Pacino deals with the different shifts of humor with such vivacity, making his portrayal perfect. Before watching this movie, I had only seen Al Pacino act in The Godfather, and while I thought it was a very good performance, I couldn’t exactly see what was so special about him that elevated him to the status of “the best actor of all time”. This was the turning point. The point that made me realize the Pacino’s geniality. The point where I became a fan.
Javier Bardem: “"There are two things I believe in, God and Al Pacino"
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