domingo, 29 de maio de 2011

The Tree of Life (2011, Malick)


A quinta e mais recente obra do conceituado Terrence Malick chegou esta semana às salas portuguesas, marcando assim um evento bastante particular e especial para os admiradores do realizador um pouco por todo o lado. Não posso encaixar-me, necessariamente, no perfil de admirador de Terrence Malick, mas mesmo assim gosto de manter a mente aberta sempre que vejo um filme. 

Creio não ser preciso fazer um enquadramento da história pelo simples facto de que o filme é extremamente denso, extremamente ideológico. É um daqueles filmes que deve ser sensorialmente absorvido antes de ser intelectualizado. Nesse registo, The Tree of Life é um exercício esplendoroso - cada imagem é mais bela do que a anterior (trabalho impressionante por parte de Emmanuel Lubezki) e existem também sequências de encher o olho. Contudo, será isto suficiente para estarmos na presença de uma suposta obra-prima?


Prós
  •  A já mencionada Fotografia.
  • Brad Pitt num registo relativamente low-key que vem justificar a razão pela qual ele se tem vindo a tornar um dos (se não mesmo o) melhores actores da actualidade. Nestes últimos anos, cada papel que ele tem vindo a desempenhar é diferente dos restantes e ele tem vindo a demonstrar uma tremenda versatilidade nesse campo.
  • Hunter McCracken é a grande revelação do filme. 
  • A banda sonora por Alexandre Desplat é também muito boa.
Contras
  • A acção do filme desenrola-se a um ritmo excepcionalmente doloroso.
  • Apesar do filme ter 2 horas e 20 minutos de duração, não houve qualquer propósito para a personagem do Sean Penn. Acredito que a intenção das cenas com o Sean Penn serviriam o propósito de demonstrar a evolução da personagem ao longo do tempo, mas a caracterização da personagem adulta é relativamente escassa. Como um professor meu da faculdade costumava dizer - é preciso mais molho!
  • Percebo a ideia de que é nas pequenas coisas da vida que reside a beleza, e que devemos aproveitá-las sempre ao máximo. Mas, jesus christ, será mesmo necessário mostrar o Sol a brilhar por entre as folhas das árvores a cada 5 minutos? Indeed, é uma imagem bonita mas que não acrescenta grande valor ao filme.
  • Temos ainda um argumento pouco claro que deixa o filme muito pouco claro - não me refiro às pontos que fazem alusão à criação e ao propósito da vida e itens correlacionados, mas sim a aspectos intrínsecos à história (por muito pouco que dela existisse).
O que aprendi
  • Dinnosaurs had manners. 

Resumindo, creio que o filme necessitava de uma espinha muito mais consistente para poder atingir os altos objectivos a que se propôs. Aquilo com que ficamos é um filme visualmente grandioso, mas bastante vácuo no seu conteúdo. Os problemas que tive com o ritmo do filme vão afastar-me dele durante um grande período de tempo.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Frozen (2010, Green)



*Spoilers, I guess*

Blergh. Há imenso tempo que não via um filme tão frustrante... por ser tão mau.

Quicky Summary: Três amigos passam um fim-de-semana numa estância de ski. Dois deles são melhores amigos, e a outra é a namorada de um deles. Como ela é uma naba a praticar desportos que envolvam neve, os outros dois decidem – antes de se irem embora – de aproveitarem as pistas do local para uma última decente descida da Montanha. Como, à partida, eles os dois pretendiam aproveitar da melhor forma o momento para também se recordarem dos bons velhos tempos que lá passaram, uma pessoa fica a pensar que não vão levar a rapariga atrás. Mas por alguma razão, ela também decide ir. Yeah... eles ficam presos no chairlift, a não sei quantos metros de altura, no meio de uma tempestado. Como era domingo à noite, e a estância só voltaria a abrir na sexta-feira seguinte, eles passam a encontrar-se numa situação de vida ou morte – ou não fazem nada e morrem congelados/fome/sede, your pick, ou então fazem algo e aí talvez se consigam safar.

Antes de mais... má escrita em todo o filme. Não há um único momento que se safe. Em primeiro lugar, espero bem que o tipo que estava responsável lá pelo teleférico tenha sido despedido. Quer dizer, cobra 100 dólares por uma viagem – seriously, uma volta naquilo não pode ser assim tão caro – e depois não sabe contar: Portanto, ele deixa subir 3 pessoas e, à partida, também sabia que já tinham subido mais outras três pessoas. 3+3=6. Mas não, quando ele é substituido diz só que três labregos ainda estão algures na montanha e que devem descer dentro de instantes, causando o sofrível destino das três personagens principais.

Depois. Lobos? Uma matilha de lobos selvagens que parece que não viam comida há 4 semanas? Uma matilha de ferozes lobos selvagens no meio de uma estância de ski? Really? Pois... nem vou entrar por aí.

Eu gosto de filmes que retratem as personagens em situações complicadas e confinadas a um único espaço/área. São interessantes e estimulantes. Este Frozen? Pfff.

sábado, 21 de maio de 2011

Stuff.

Apesar de estes últimos tempos se caracterizarem por uma maior impaciência pela estreira do próximo filme de Malick – The Tree of Life -, pela mais recente sequela dos Piratas das Caraíbas ter estreado, ou por Lars Von Trier ter sido declarado como persona non grata devido aos seus comentários infelizes nesta edição do Festival de Cannes, não vos vou falar destas ocorrências.

Para isso, deixo-vos com os últimos filmes que vi.

The Midnight Meat Train


Yeah, um daqueles filmes com uma premissa relativamente interessante, com uma execução consistente e, também ela, interessante durante os dois primeiros terços do filme, e depois se espalha ao comprido na recta final do filme. Muito resumindo, Bradley Cooper interpreta um fotógrafo que pretende captar a verdadeira essência da cidade de Nova Iorque, o seu coração. Vinnie Jones faz de misterioso assassino que captura as suas vítimas no metro de Nova Iorque.

Durante a maior parte do filme, todo o mood está bem captado, o que se reflecte numa fotografia bastante lúgubre. Contudo, acontecimentos verdadeiramente desastrosos no argumento fazem este filme mudar completamente o seu tom no acto final, mesmo no sentido de “Meh. Já estou farto deste filme, vamos acabá-lo o mais rapidamente possível e mete para aí qualquer coisa que fica feito. Se faz sentido? Não, mas no final do dia, isso não importa para nada".

Enfim, um filme com potencial que é arruinado pelo triste acto final. O mesmo se passou com o The Mist - um filme que cai na mediocridade por causa de um final completamente desadequado.

Manhattan

Infelizmente, e à medida que vou progredindo na filmografia do senhor Woody Allen, mais me convenço de que vou detestar os filmes nos quais ele é protagonista. Aconteceu com o Annie Hall, aconteceu com o Scoop. Aconteceu com o Manhattan.

Woody Allen, por melhor escritor que seja, não consegue suscitar-me qualquer sentimento positivo enquanto está diante da câmara. Consegue antes irritar-me profundamente.

Outro aspecto que me fez ponderar acerca da qualidade deste filme é o próprio género em que se insere: É um drama? É que como tal, não me disse absolutamente nada. Uma comédia? Outra vez, não me ri uma única vez.

Oh well, Woody Allen não é definitivamente para mim.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Looking Back At 2000.

#10
O Brother, Where Art Thou?
Dirs.Coen bros.

#9
Wo Hu Cang Long [Crouching Tiger Hidden Dragon]
Dir. Ang Lee

#8
American Psycho
Dir. Mary Harron

#7
Traffic
Dir.Steven Soderbergh

#6
Amores Perros [Love's a Bitch]
Dir.Alejandro González Iñárritu

#5
Batorou Rowaiaru [Battle Royale]
Dirs. Kinji Fukasaku

#4
Snatch.
Dir.Guy Ritchie

#3
Memento
Dir.Christopher Nola

#2
Scary Movie
Dir. Keenen Ivory Wayans

#1
Requiem For a Dream
Dir. Darren Aronofsky

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DOA Random Survey Part V



E sem mais demoras, mais um conjunto de mash-ups!

#1 Kill Bill Vol. 1 ou Kill Bill Vol. 2?
#2 Robert De Niro ou Al Pacino?
#3 Acting styles: Overacting ou Underacting?
#4 O cinema: Arte, entretenimento, ou ambas?
#5 Kubrick ou Tarkovsky?
Cortesia de Jorge Teixeira.


*Friday Special* Porque é que o polícia que trabalhou arduamente durante toda a sua vida, mantendo a sua integridade intacta, tem que resolver um caso super complicado poucos dias antes de se reformar, resultando na sua morte? :<

Nota: Gostava de obter sugestões vossas sobre possíveis emparelhamentos futuros, por isso se se lembrarem de alguns: notesonmyfilms@gmail.com 

terça-feira, 3 de maio de 2011

O que é que 2011 nos vai trazer?

Yeah... basicamente não faço ideia por que filmes antecipar ao longo deste próximo ano. Sei que este mês chega o novo Malick The Tree of Life e que com alguma sorte o The Ides of March do Mr. Clooney chega às salas Portuguesas ainda este ano.

Fora esses dois, não tenho qualquer ideia do que para aí vem! Se calhar devia começar a apontar aqueles filmes potencialmente interessantes quando oiço falar deles...

Por isso pergunto-vos: 

Quais são os filmes que mais antecipam para 2011?
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