sábado, 20 de novembro de 2010

My 20 Favorite Movies: #09. The End of Evangelion (1997, Anno & Tsurumaki)


“The fate of destruction is also the joy of rebirth.”

Nerd Mode: Engaged. Ahahah

Dois anos após o capítulo final da série televisiva nipónica, Evangelion, surgiu um filme que viria dar resposta a algumas questões deixadas em aberto nos últimos episódios da aclamada série. The End of Evangelion surgiu.

Creio que uma breve síntese deste mundo anime é necessária: Em 2015, e passados 15 anos de um evento catastrófico que tirou a vida a metade da população terrestre, a Terra começa a ser invadida por estranhos seres – os Angels. Gigantes robots foram desenvolvidos para parar essa ameaça, e são a única arma de combate que a raça humana tem para derrotar os Angels. Shinji Ikari é uma criança de 14 anos, e só ele consegue pilotar o EVA01. Ao longo da série vão surgindo novos personagens, e destaco agora proeminentemente as outras duas pilotos – Rei Ayanami (EVA00) e Asuka Langley (EVA02). Essencialmente, o destino da humanidade está nas mãos destas três crianças. Resumindo: O que é extremamente ligeiro no início da série, gradualmente se torna incrivelmente denso à medida que a mesma caminha para o final.


Ok, back to the movie. Retomando os eventos que assolaram o culminar de Evangelion, Anno e Tsurumaki trazem-nos uma verdadeira obra-prima. Mergulhando pelo universo que já tinham anteriormente criado, os realizadores debruçam-se sobre uma panóplia de questões severamente marcadas pelo seu carácter existencialista e niilista. Aqui, eles exploram por completo todas as potencialidades que o género da Animação comporta, e atrevo-me a dizer que esta obra é exarcebadamente thought-provoking. Ingmar Bergman? Pfff. (Estou a brincar, porque gosto do Bergman enquanto realizador. Mas creio que se ele tivesse visto este filme, teria ficado extremamente orgulhoso).

O ritmo frenético de The End of Evangelion é arrebatador, e aquilo que é um filme de 87 minutos parece ser um filme com uma duração ainda menor. A atenção do espectador centra-se no desenrolar da narrativa, logo desde a primeira imagem, e não se dispersa até ao momento em que surgem os créditos finais. Isto só se consegue com um domínio absoluto das técnicas de animação e creio que é possível afirmar que todos os indivíduos envolvidos na animação deste filme são mestres nesse âmbito.

De destacar é a batalha da Asuka contra os nove EVAs produzidos em massa. Toda a personalidade da personagem é aqui exposta. Depois de ter recuperado de um incidente ocorrido na série, Asuka volta demonstrando toda a sua garra, combatendo cada um dos seus nove oponentes. Contudo, e em certa altura, existe um contratempo e Asuka vê-se na mó de baixo. Aparentemente sozinha, o espírito de Asuka quebra e sente-se vulnerável. No entanto, toda aquela personalidade tempestuosa que definiu a personagem ao longo da série televisiva resurge no momento em que Asuka tem uma epifania. Nunca desistindo, a piloto da Unidade 2 luta com todas as suas forças até ao seu último fôlego, nunca baixando os braços, nunca desistindo. O clímax desta batalha é algo profundamente perturbador, e fico-me por aqui. O trabalho de voz feito por Yûko Miyamura nesta cena é notável.


Teológico, psicológico e filosófico. São algumas palavras que utilizaria para descrever esta obra, e acrescento ainda que The End of Evangelion é mais do que um filme – é uma verdadeira experiência.

Disclaimer: Apenas aconselho verem este filme se tiverem visto a série antes. Caso contrário, um grande ponto de interrogação irá ocupar as vossas mentes durante o tempo todo em que estiverem a ver o filme.

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“The fate of destruction is also the joy of rebirth.”

Nerd Mode: Engaged. Ahahah

Two years after the final chapter of the anime’s series, Evangelion, a movie came up that would give closure to some questions left open in the last episodes of the acclaimed series. The End of Evangelion came up.


I believe that a brief summary of this anime world is required: In 2015, 15 years after a catastrophic event eradicated half of Earth’s population, the Earth starts to be invaded by weird creatures – the Angels. Giant robots were developed in order to stop that menace and they are the only weapon that the human race can use to defeat those Angels. Shinji Ikari is a 14 years old child, and he is the only soul able to pilot EVA01. Throughout the series new characters show up, including the pilots of two other of those EVA units: Rei Ayanami (pilot of EVA00) and Asuka Langley (the pilot of EVA’s unit number 02). Essentially, the whole destiny of the human race lies within the hands of these three kids. What then starts extremely light and fun, becomes gradually more dense, more complex and more mature as the series walk towards its last episode

Ok, back to the movie. Picking up from the last events portrayed on Evangelion, Anno and Tsurumaki bring us a true masterpiece. Delving into the universe they had already created, the directors tackle now a diversity of questions severely denoted by their existentialist and nihilistic tones. Here, they fully take advantage of the Animation medium resulting in, and dare I say, an incredibly thought-provoking movie. Ingmar Bergman? Pfff. (I’m kidding. I like Bergman as a director, but I feel he would have been proud if he had seen this film).

The End of Evangelion’s pacing is simply remarkable, and what is an 87 minutes movie looks like an even shorter one. The narrative grabs the viewer’s attention right from the minute the first image comes on screen, and doesn’t let go until the moment the final credits are over. This is only achievable with a complete domain over animation techniques and I believe it is safe to say that every single one of the individuals involved in this film’s animation process are masters at their jobs.

The big highlight of the film is Asuka’s battle against the EVA series. Her whole personality is exposed in this specific segment. After recovering from an incident that had occurred during the TV show, Asuka comes back deploying all of her strength and fierceness, fighting off each and every single one of her opponents. However, the battle takes a sudden shift change and Asuka sees herself in the losing camp. Apparently alone, Asuka’s spirit breaks and she feels extremely vulnerable. Nevertheless, all of her fiery personality resurges by the moment Asuka has an epiphany. Never giving up, Unit 02’s pilot fights with all her might and power until her last breath, never backing down, never giving up. This battle’s climax is profoundly disturbing, and I’m going to refrain myself from telling more. Yûko Miyamura’s voice work is outstanding in this particular scene. 


Theological, psychological and philosophical. Those would be some words I would use to describe this masterwork, and let me just state that The End of Evangelion is more than a movie – it is an experience.

Disclaimer: Please, only take this as a suggestion after you watch the TV series. They are indispensable to understand what the hell is going on on this film.

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2 comentários:

  1. Bem, adoro. Eu era absolutamente viciada em Evangelion!

    Great read ;) keep up!

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  2. Sarah - Muito obrigado! :) Eu também era! É uma série muito, mas muito mesmo, bem feita :D

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