segunda-feira, 28 de março de 2011

DOA Random Survey!


Inicia-se aqui uma nova rubrica: DOA Random Survey (o que me fez lembrar, por alguma razão, de uma das minhas rubricas preferidas do antigo programa do Conan O'Brien - Celebrity Survey! Não sei se ele ainda a faz mas era hilariante!)

Anyway, a premissa é bastante simples. Irei colocar frente a frente dois itens - em possíveis excepções, mais que dois - e só têm de fazer a vossa escolha. Pontos bónus para quem quiser explicar o porquê das suas opções.

E sem mais demoras:

#1 Forrest Gump ou The Curious Case of Benjamin Button?
#2 Product placement em filmes: Uma das novas epidemias do novo milénio ou um match made in heaven?
#3 Três cores: Azul, Branco ou Vermelho?
#4 Audrey Hepburn ou Katharine Hepburn?
#5 Argumentos adaptados ou argumentos originais?
#6 O surreal de David Lynch ou o não surreal de David Lynch?

Fica lançado este primeiro «desafio», agora é só participar!

Nota: Gostava de obter sugestões vossas sobre possíveis emparelhamentos futuros, por isso se se lembrarem de alguns: notesonmyfilms@gmail.com

Um muito obrigado, e boa semana!

On a non related note: Deixo-vos uma leitura interessante sobre o uso excessivo do Azul e do Laranja nos filmes d'hoje - Aqui.

sexta-feira, 25 de março de 2011

30 Rock.

"Remember when a movie was just a fella with a hat running away from a fella with no hair?"

Yeah... Brilliance.

segunda-feira, 21 de março de 2011

12 Angry Men (1957, Lumet)



Se a expressão “Já não se fazem como antigamente” remete para um conjunto de filmes específicos, a obra de Sidney Lumet sobre doze homens que formam o júri de um caso de homícidio está certamente entre eles.

Como já foi previamente mencionado, doze homens são reunidos para chegarem a um consenso para o veredicto de um caso de homícidio. Contudo, nem tudo é o que parece e apenas um dos jurados não acredita piamente que o rapaz de 18 anos que enfrenta a cadeira eléctrica é culpado. A seguir? É o desenrolar de um dos filmes mais bem construídos de todos os tempos.

 
O argumento de 12 Angry Men é simplesmente fantástico. É necessário um grande tacto para trabalhar com uma história que se desenrola maioritariamente numa única localização, mas a mestria de Lumet em desenvolver as suas personagens é avassaladora. Ao longo de hora e meia, é permitido a cada um dos doze jurados que desenvolva a sua personalidade, demonstrando e revelando os traços perfeitamente delineados que caracterizam a essência de cada um dos mesmos.

A narrativa está também extremamente bem pensada. A forma de como os factos são argumentados e contra-argumentados, a forma de como a personalidade de cada um dos jurados transparece à medida que eles apresentam as razões que suportam as suas opções, e a forma de como argumentos aparentemente incontornáveis e incontestáveis são facilmente transformados em rebates que depois são utilizados contra aqueles que  em primeira mão os utilizaram como argumento-chave é brilhante. Just Fantastic.

 
Henry Fonda e Lee J. Cobb são os MVPs do filme. São a antítese um do outro. A calma e a natureza pensativa de Fonda é um excelente constraste com a essência tempestuosa de Cobb, e isso injecta um grande dinamismo no desenrolar da acção. Este duo é verdadeiramente explosivo.

All in all, 12 Angry Men é um clássico. 54 anos volvidos, o filme mantém uma frescura inabalável pelo que é possível afirmar que o filme de Sidney Lumet resistiu perfeitamente ao teste do Tempo. Um clássico merecedor desse estatuto. 5 estrelas.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Looking Back At 2001.

#10
Zoolander
Dir.Ben Stiller

#9
Black Hawk Down
Dir. Ridley Scott

#8
Ghost World
Dir. Terry Zwigof

#7
El Espinazo del Diablo [The Devil's Backbone]
Dir. Guillermo del Toro

#6
Bandits
Dir.Barry Levinson

#5
The Man Who Wasn't There
Dirs. Joel and Ethan Coen

#4
Gosford Park
Dir.Robert Altman

#3
Donnie Darko
Dir. Richard Kelly

#2
Yeopgijeogin Geunyeo [My Sassy Girl]
Jae-young Kwak

#1
Mulholland Drive
Dir. David Lynch

domingo, 13 de março de 2011

127 Hours (2010, Boyle)


Volvidos dois anos após o êxito que foi Slumdog Millionaire, a dupla composta por Danny Boyle e Simon Beaufoy regressam e brindam-nos com o seu mais recente esforço cinematográfico: 127 Hours.
Two years after the hit that was Slumdog Millionaire, the duo composed by Danny Boyle and Simon Beaufoy returned and gave us their latest cinematic effort: 127 Hours.

127 Hours retrata um particular e difícil período na vida de Aaron Ralston (interpretado aqui por James Franco). Baseado numa história verídica, o último filme de Danny Boyle segue Ralston na sua exploração do Blue John Canyon no Utah, exploração essa que não iria ter um feliz final: Somewhere along the way, Ralston fica com o seu braço preso entre uma rocha e a parede. Uma vez que ele não disse a ninguém onde iria passar o fim-de-semana, Ralston terá que se desenvicilhar sozinho da alhada em que se meteu [*spoiler* Sim, ele acaba por cortar parte do braço para se libertar  */spoiler*].
127 Hours deals with a rather peculiar and hard period in Aaron Ralston's (played by James Franco) life. Based on a true story, Danny Boyle's latest feature follows Ralston through his journey exploring the Blue John Canyon in Utah, a journey that wouldn't have a fortunate ending: Somewhere along the way, Ralston gets his arm stuck between a rock and a wall. Since he hasn't told anyone where he would be spending his weekend, Ralston would then have to get his way out of the trouble he was facing [*spoiler* Yes, he eventually cuts part of his arm to set himself free */spoiler*].


O ponto forte de Slumdog Millionaire surge também como sendo o ponto forte de 127 Hours: A fotografia. Caracterizada pela forte vividez das cores e por determinados ângulos menos convencionais, a fotografia neste filme tornam o filme relativamente vibrante e mantém-no minimamente interessante. Caso não o fosse, estaríamos muito provavelmente na presença do filme mais enfadonho do ano.
Slumdog Millionaire's strongest point is also 127 Hours' one: The cinematography. Its vivid colors and its more non conventional shots make this film relatively vibrant and make it minimally interesting throughout its duration. If that weren't the case, we would be facing what it could be the most boring film of the year.

Com apenas 94 minutos de duração, a questão do tempo psicológico levanta-se: Parece que o filme demora mesmo 127 horas. Creio que isso deve-se, em grande parte, a dois outros factores: (1) a montagem do filme é desprovida de qualquer criatividade, revelando-se extremamente monótona; (2) Apesar de ter referenciado que 127 Hours possuia o mesmo ponto forte de Slumdog Millionaire, o mesmo aplica-se para o ponto fraco - o argumento. Por mais fascinante que Aaron Ralston seja na vida real, o filme não conseguiu transmitir nem 1/10 disso. A personagem não apresenta qualquer profundidade, tornando-se difícil apoiá-la na sua viagem. Ah, existe também o pequeno pormenor que não acontece nada durante os primeiros 70 minutos.
Clocking in at only 94 minutes, the matter of psychological time arouses: it really felt like 127 hours. I do believe that occurance is explained by two facts: (1) the film's editing doesn't bear any creativity, and ends up being extremely monotone. (2) Even though I mentioned that Slumdog Millionaire's strongest suit was successfully replicated in 127 Hours,  the same can be said about its main flaw - the script. While Aaron Ralston may be one of the most fascinating people, Boyle's film did not managed to get that point across. The character doesn't show any shade of depth, making it hard to support him in his journey. Oh, there's also that little detail in which absolutely nothing happens in the first 70 minutes, or so.


O James Franco está adequado. Não está bem, nem está mal, simplesmente está. Contudo, mais não se poderia exigir dele. Ele é praticamente responsável por cativar o interesse da audiência, visto que o filme é um autêntico one-man-show, mas infelizmente, o pobre argumento não lhe permite cobrir um grande território.
James Franco gives an adequate performance. He's not bad, but he is not great either. However, one could not really ask for more. He's basically responsible to maintain the audience's interest levels high since the film is an authentic one-man-show. Unfortunately, the shoddy script prevents Franco from covering more ground.

No final do dia o que aqui temos é um excelente cartão de visita para a região do Utah. Fiquei com vontade de o visitar, tendo em conta que parte das imagens de 127 Hours demonstram uma região naturalmente bela. Enquanto filme deixa muito a desejar, especialmente quando uma outra obra (confinada também a uma única localização, com um único actor e com todo o tema da sobrevivência humana como pano de fundo para o desenrolar da acção) chamada Buried foi lançada no mesmo ano.
At the end of the day, 127 Hours is nothing more than a great welcome card for Utah. I actually wanted to go there, as part of the film's imagery show a rather beautiful region. As a full-lenght feature? It leaves a sour taste behind, especially taking into consideration another film (confined into one space only, with only one actor and with the human survival theme as a background to the narrative) called Buried came out on the same year.

Apenas pergunto-me: Onde está o Danny Boyle dos dias de Trainspotting e de 28 Days Later...?
I ask myself: Where is Danny Boyle from the Trainspotting and 28 Days Later... days?

segunda-feira, 7 de março de 2011

What Happened? Part IV

Oh, right. The Oscars happened.


E eis que chegamos à  última parte desta série de posts. As categorias de Melhor Actriz, Actor, Realizador e Filme serão agora abordadas!

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MELHOR ACTRIZ
A vencedora foi: Natalie Portman por Black Swan

Mais uma categoria sem grandes surpresas. Numa interpretação que seguramente irá definir a sua carreira, Natalie Portman encantou as audiência um pouco por todo o lado. Interiorizando a personagem de Nina Seyers, numa constante luta para alcançar a perfeição, Natalie Portman apresenta-se em Black Swan ao mais alto nível, sendo responsável por uma das melhores interpretações do ano. Relativamente a outras senhoras, destaco ainda a natureza reservada de Naomi Watts em Fair Game e a elevada maturidade que Jennifer Lawrence demonstrou em Winter's Bone. As minhas escolhas:

Naomi Watts em Fair Game
Jennifer Lawrence em Winter's Bone
Nicole Kidman em Rabbit Hole
Natalie Portman em Black Swan *
Juliette Binoche em Copie Conforme


E só mesmo porque o vídeo é hilariante:



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MELHOR ACTOR
O vencedor foi: Colin Firth por The King's Speech

2010 foi o ano de Colin Firth. O actor está genial no papel do monarca King George VI, e como tal, a sua vitória por The King's Speech é mais que merecida. Saliento o trabalho de Leonardo DiCaprio, que está a tornar-se num actor cada vez melhor à medida que os anos passam, e o seu trabalho em Shutter Island apenas confirma isso. O Ryan Gosling prova ser um dos melhores actores da sua geração em Blue Valentine e Jesse Eisenberg capta toda a awkwardness de Mark Zuckerberg, criador do Facebook. Acrescento ainda que o James Franco roubou o lugar de Ryan Reynolds pela sua fantástica interpretação em Buried. As minhas escolhas:

Colin Firth em The King's Speech *
Leonardo DiCaprio em Shutter Island
Ryan Gosling em Blue Valentine
Ryan Reynolds em Buried
Jesse Eisenberg em The Social Network


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MELHOR REALIZADOR
O vencedor foi: Tom Hooper por The King's Speech

Provavelmente a escolha mais surpreendente da noite dos Óscares. Esperava-se que David Fincher levasse a estatueta para casa após ter dominado todo o circuito de prémios. Tom Hooper apenas tinha vencido o Directors Guild of America. No final de contas, creio que este cenário apenas vem demonstra a força da Associação de Realizadores da América. Pffff. Ganhaste o prémio de Melhor Realizador da Associação Central de Críticos do Tennessee? Temos pena, meu caro. Temos pena. As minhas escolhas:

Darren Aronofsky por Black Swan
Christopher Nolan por Inception
Rodrigo Cortés por Buried *
Tom Hooper por The King’s Speech
David Fincher por The Social Network

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MELHOR FILME
O vencedor foi: The King's Speech

Drumrolls, please. Chegou a altura de eleger os melhores filmes de 2010! Eu não simpatizo necessariamente com o facto de, actualmente, a Academia nomear 10 filmes diferentes nesta categoria. Acho que são muitos, e o eventual prestígio que o prémio e a nomeação possam acarretar, perdem-se. Mas só numa de manter a consistência, deixo-vos os 10 melhores filmes que vi do ano que passou.


Shutter Island for the win.

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E ficamos por aqui no que concerne aos Óscares. Mais? Só para o ano. Para breve? Talvez uma pseudo-crítica ao último filme de Danny Boyle, 127 Hours. Um bem haja a todos!

domingo, 6 de março de 2011

What Happened? Part III

Oh, right. The Oscars happened.


Passando agora às categorias dos argumentos - adaptado e original - e de actriz secundária temos:

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MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
O vencedor foi: Aaron Sorkin por The Social Network

Talvez tenha sido a categoria que já estava mais que decidida no momento da entrega dos prémios, e eu concordo plenamente com a escolha. O argumento de The Social Network constitui, claramente, o ponto mais forte do filme e apresenta uma energia surpreendente. As minhas escolhas:

Shutter Island
Scott Pilgrim vs. the World
Fair Game
The Social Network *
Winter’s Bone


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MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
O vencedor foi: David Seidler por The King's Speech

Por entre ideias que são implementadas na mente de outras pessoas, passando por uma realeza gaga, pelo frenético mundo do ballet e pela trágica perda de um filho, existe um argumento que a meu ver se destacou no passado ano: o de Buried. Se quiserem saber como se torna um filme que se restringe a uma única localização - o interior de um caixão - extremamente empolgante, então aconselho-vos verem o filme de Rodrigo Cortés. As minhas escolhas:

Buried *
The King’s Speech
Inception
Rabbit Hole
Black Swan


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MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
A vencedora foi: Melissa Leo por The Fighter

Escolha péssima por parte da Academia. Este ano tem tudo a ver com scene-stealing performances. Temos uma ameaçadora Dale Dickey em Winter's Bone, uma hilariante Lucy Punch em You Will Meet a Tall Dark Stranger, e uma cativante Patricia Clarkson em Shutter Island. Depois temos ainda a jovem Chloe Moretz a interpretar uma das personagens mais carismáticas do ano em Kick-Ass e Naomi Watts em Mother and Child, demonstrando toda a sua versatilidade numa das 3 interpretações com que brindou as audiências no passado ano.

Naomi Watts em Mother and Child *
Chloe Moretz em Kick-Ass
Patricia Clarkson em Shutter Island
Lucy Punch em You Will Meet a Tall Dark Stranger
Dale Dickey em Winter’s Bone

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quinta-feira, 3 de março de 2011

What Happened? Part II

Oh, right. The Oscars happened.


Dando seguimento ao post anterior, vou continuar com a retrospectiva sobre o ano que passou. Desta forma, vou agora abordar algumas das categorias técnicas: Banda Sonora, Fotografia e Montagem. Muito provavelmente serão as únicas a ser consideradas aqui, por imposições de limites temporais. Os filmes que considero terem-se destacado mais estão marcados com um *.

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MELHOR BANDA SONORA
O vencedor foi: Trent Reznor e Atticus Ross por The Social Network

Na altura em que as nomeações sairam lembro de ter ficado ligeiramente desapontado com a exclusão de Tron: Legacy nesta categoria. O duo francês Daft Punk compôs aquela que para mim foi a melhor banda sonora do ano. A forma de como ela está embuída no filme é simplesmente impecável, it just fits. Adiante, as minhas escolhas:

Tron: Legacy *
Black Swan (1)
Inception
The King’s Speech
The Social Network


(1) – A banda Sonora de Clint Mansell não é exactamente original, dado que é composta maioritariamente por peças d’O Lago dos Cisnes de Tchaikovsky. A menção que lhe dou nesta categoria prende-se, essencialmente, com o twist que ele deu ao trabalho do lendário compositor e com o facto de se integrar perfeitamente no filme.

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MELHOR FOTOGRAFIA
O vencedor foi: Wally Pfister por Inception

Não posso queixar-me da escolha da Academia. São vários os momentos em Inception que são brilhantemente fotografados. Tenho pena que a data de estreia de Shutter Island tenha sido em Fevereiro, porque se tivesse sido mais tarde, acredito que o filme de Martin Scorsese tivesse conseguido obter algumas nomeações. As minhas escolhas:

Black Swan *
Inception
Shutter Island
The King’s Speech
The American


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MELHOR MONTAGEM
Os vencedores foram: Kirk Baxter e Angus Wall por The Social Network

Mais uma vez, não me posso queixar. Baxter e Wall, editores de The Social Network, conseguiram injectar um grande dinamismo a um filme cujo tema aparentava não ser especialmente dinâmico. Destaco a corrida de remos como o ponto alto do filme, no que toca a montagem. As minhas escolhas:

Inception *
Scott Pilgrim vs. the World
Black Swan
The Social Network
Kick-Ass


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