sábado, 16 de abril de 2011

The Adjustment Bureau (2011, Nolfi)


Este foi o primeiro filme de 2011 que vi, e se o primeiro filme que uma pessoa vê é reflectivo da qualidade dos filmes que se avizinham, então temo que 2011 seja um ano relativamente pobre.

Matt Damon e Emily Blunt protagonizam um filme no qual o destino assume um papel preponderante. David Norris (Matt Damon) é uma jovem promessa no panorama político norte-americano e Elise (Emily Blunt) é também uma promissora bailarina contemporânea. A evolução das suas carreiras, a concretização de todos os seus sonhos, e as fundações da relação de Damon e Blunt estão nas mãos de uma entidade superior, que atribui um plano de vida a toda e cada uma viva-alma do planeta.

A existência do Adjustment Bureau serve apenas para colmatar os desvios que as pessoas vão cometendo no percurso que já lhes está predefinido.


Ora bem, enquanto que a química entre os dois actores principais está muito bem conseguida (e atrevo-me a dizer que se não fosse a forma como ambos jogam com aquilo que lhes foi dado, então o filme de Nolfi seria seguramente a experiência mais infeliz que tive num cinema desde o fiasco que foi o CONTRALUZ) e os actores secundários (nomeadamente Anthony Mackie e John Slattery) também conseguem injectar alguma vivacidade no filme, o mesmo não se pode tão pouco aplicar aos restantes elementos do filme.

Em primeiro lugar, o argumento é extremamente inconsistente, e aquilo que parecia ser um filme interessante durante os primeiros 20 minutos depressa se torna desinteressante, banal e enfadonho. Depois, todo o tema da água é um caso suficiente para suscitar uns quantos wtf? por parte da audiência. A realização é relativamente mundana, também.


Enfim, creio que a apreciação deste filme deve-se, em parte, às posições que cada um de nós toma acerca do Destino: Uns acreditam que está traçado desde o momento em que nascemos. Outros acreditam que o destino é feito mediante a vontade de cada um de nós. Eu insiro-me nesta última categoria.


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------


This was the first 2011 movie I saw, and if the first movie one sees is somewhat reflective of the quality of the films that are coming in our way, then I’m afraid it will be a relatively poor year.

Matt Damon and Emily Blunt star in a movie in which Destiny plays an extremely important role. David Norris (Matt Damon) is a young promise on the north-American political landscape and Elise (Emily Blunt) is also a promising contemporary dancer. Their career’s evolution, their dreams and aspiration and the foundations on which Damon and Blunt’s relationship is based on are in the hands of a superior entity, that establishes a life plan to every single living soul in the planet.

The existence of an Adjustment Bureau serves the purpose to make sure people get back on track if they take small «detours» along the way.

So, as the chemistry between the two leads is palpable and extremely believable (and dare I say, if it weren’t for the way the two actors play each other off and rise up from the roles they were given, then Nolfi’s full lenght feature would, certainly, be the most unfortunate experience I’ve had in a theatre since the drivel that BACKLIGHT was) and the supporting actors (namely, Anthony Mackie and John Slattery) also inject some energy in the film, the same does not apply to the other elements of the picture.


Firstly, the screenplay is extremely inconsistent, and what seemed like an interesting movie in the first 20 minutes, soon becomes uninteresting, average and boring. And what’s the deal with that water theme? It is sufficient to arouse some wtf? from the audience. Nolfi’s direction is also relatively mundane.

On an ending not, I do believe that the level of enjoyment one gets from this movie is proportionately related to what one feels towards Destiny: Some believe that we all have a plan clearly defined the moment we are born. Others believe that our own actions shape up the path we go through during our lifes. I’d include myself in the latter category.
  
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

3 comentários:

  1. Quando certos críticos aclamavam Adjustment bureau como uma mistura entre The Graduate e Inception as minhas expectativas do filme aumentavam significativamente e perspectivava uma interessante noite no cinema.
    Contudo devo confessar que fiquei decepcionado com o output.
    Um dos aspectos positivos do filme foi como disseste a química entre os actores principais, outro foi o paradigma de que nem tudo acontece por acaso, isto deixa-nos com que pensar.
    Não percebi a comparação com o Inception, teria sido nos efeitos especiais? Se assim foi... foi um redondo FAIL.
    Enfim foi um filme um pouco enfadonho sem muita inovação... c'est la vie.

    ResponderEliminar
  2. Estava-se mesmo a ver, enfim. Nem sei se quero ver. Boa crítica.

    ResponderEliminar
  3. Ricardo - Mais depressa consigo ver o paralelismo com o INCEPTION do que com o THE GRADUATE, oh well. É vida. Mas sim, bota enfadonho nisso :)

    DiogoF - Acho que não perdes nada se não o vires. Thanks! Abraço

    ResponderEliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...