segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

What Happened? Part I [?]

Oh, right. The Oscars happened.


A única vez em que consegui ficar acordado e assistir, na sua totalidade, à cerimónia dos Óscares foi em 2008. Homenageavam-se os filmes do ano anterior, o Jon Stewart era o anfitrião da noite e deu uma oportunidade à Marketa Irglova para fazer o seu discurso quando esta foi descaradamente interrompida pela banda da Academia, no momento da sua vitória (partilhada com Glen Hansard) na categoria de Melhor Canção Original. There Will Be Blood e No Country for Old Men eram as duas forças avassaladoras da noite, e este último foi o consagrado.

Na cerimónia do ano seguinte, o Slumdog Millionaire limpou o espectáculo todo, e sobre isso, vou abster-me de comentário [ou pelo menos por agora. eheh]. Posteriormente, tivémos um The Hurt Locker a sair-se como o grande vitorioso da noite. Este ano, a cobiçada estatueta parou nas mãos de The King's Speech. Terá sido a melhor escolha? 


2010

O ano que passou foi interessante em termos cinematográficos, e tendo em conta o facto de ontem ter sido noite de brindar ao que de «melhor» se foi feito, vou inciar uma pseudo-rubrica: In the year 2010...

Yeah, basicamente vou pegar em algumas categorias e irei dar o meu parecer sobre elas. That's it. Nada de especial, really. ahah
"GEEZUSSSS! Qual será a primeira categoria?!?!!?!" - Relaxem. Já lá vamos. Eh, who am I kidding? Não consigo criar ponta de intriga nem suspense. A primeira categoria sobre a qual vou-vos falar é a de:

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Ainda não vi nenhum dos nomeados, se bem que estou extremamente interessado em ver a mais recente obra de Iñárritu - o Biutiful. Também tenho interesse em ver o Of Gods and Men, da França. À medida que o tempo for avançando irei descobrir umas outras pérolas que me suscitem interesse em ver, mas por enquanto, o meu conhecimento sobre esta categoria é, ainda, relativamente escasso.
O filme dinamarquês Hævnen foi o galardoado com o Oscar na noite passada.
Se vi algum filme que se insere nesta categoria este ano? Bem, o mais parecido foi uma coisa chamada Contraluz, mas como esse filme é o pior da última década... a minha escolha vai para... erm, yeah. 

Recomendações aceitam-se! 

 MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO

Vamos a mais uma categoria, a de melhor actor secundário. Por acaso já vi todos os nomeados desta categoria pelo que, ao contrário da categoria anterior, já posso comentar. 

O Christian Bale foi o vencedor pelo seu papel em The Fighter - sobre o qual já me pronunciei  uns posts atrás, feel free to scroll down! A minha opinião mantém-se. 

Quem mais... John Hawkes em Winter's Bone - adequado e ligeiramente ameaçador. Contudo, não acho que ele se tivesse destacado do restante elenco, o que por um lado é um excelente sinal dado que é representativo da grande harmonia que assola o elenco e permite que o filme se desenrole organicamente. 

Mark Ruffallo em The Kids Are All Right - Foi a melhor interpretação num filme completamente mediano, o que por si só eleva a qualidade do mesmo.

Geoffrey Rush em The King's Speech? A meu ver, o melhor dos nomeados. Apesar de estar a pisar uma linha bastante ténue entre «papel secundário» e «papel principal», apenas tenho a dizer que a forma de como Rush se conjuga com Firth é brilhante, e em certos momentos, hilariante. 

Jeremy Renner em The Town - psycho.

As minhas escolhas?
 
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Ben Kingsley em SHUTTER ISLAND
Tom Hardy em INCEPTION
Mark Ruffallo em THE KIDS ARE ALL RIGHT
 Geoffrey Rush em THE KING’S SPEECH
Sean Penn em FAIR GAME

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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Inland Empire and its awesome quotes.


Neighbor: Yes. Me, I... I can't seem to remember if it's today, two days from now, or yesterday. I suppose if it was 9:45, I'd think it was after midnight! For instance, if today was tomorrow, you wouldn't even remember that you owed on an unpaid bill. Actions do have consequences. And yet, there is the magic. If it was tomorrow, you would be sitting over there.

*

Nikki: When the police came and they asked what happened, I told them "He's reaping what he's been sowing, that's what." They said "Fucker been sowing some pretty heavy shit."  

*

Nikki: Bam! I Kicked him straight in the balls so hard they go crawling into his brain for refuge - he went down like a two dollar whore. 

*

Street Person #1: I'll show you light now. It burns bright forever. No more blue tomorrows. You on high now, love.  

*

Freddie Howard: Well... There is a vast network, right? An ocean of possibilities. I like dogs. I used to raise rabbits. I've always loved animals. Their nature. How they think. I have seen dogs reason their way out of problems. Watched them think through the trickiest situations. Do you have a couple of bucks I could borrow? I've got this damn landlord. 

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On a non-related note: 127 Hours sucked.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

My bets for the Oscars!

Amanhã realizar-se-á a cerimónia da entrega de prémios da Academia. Visando o reconhecimento do que de melhor se foi feito em 2010, em termos cinematográficos, serão entregues as pequenas estatuetas de ouro. 

Entre discursos reais, bailarinas e rednecks, miúdos e os seus brinquedos qual será o verdadeiro indomável entre todos os filmes na corrida para as estatuetas douradas? 
Será que The Social Network irá manter o seu estatuto de favorito que detinha até há um mês atrás? 
Pensemos na sugestão de Inception ganhar Melhor Filme: um sonho, ou realidade?
Como se pôde observar, um rochedo não foi obstáculo para Aaron Ralston, mas será que Colin Firth, Jesse Eisenberg, Javier Bardem e Jeff Bridges são uma barreira ainda maior para James Franco?

Tudo ficará decidido na próxima cerimónia dos Óscares, e como tal, deixo-vos as minhas apostas:

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 Best Motion Picture of the Year: The King's Speech

Best Performance by an Actor in a Leading Role: Colin Firth - The King's Speech

Best Performance by an Actress in a Leading Role: Natalie Portman - Black Swan

Best Performance by an Actor in a Supporting Role: Christian Bale - The Fighter

Best Performance by an Actress in a Supporting Role: Melissa Leo - The Fighter

Best Achievement in Directing: David Fincher - The Social Network

Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen: The King's Speech

Best Adapted Screenplay: The Social Network

Best Animated Feature Film of the Year: Toy Story 3

Best Foreign Language Film of the Year: Incendies

Best Achievement in Cinematography: True Grit

Best Achievement in Editing: The Social Network

Best Achievement in Art Direction: Inception

Best Achievement in Costume Design: The King's Speech

Best Achievement in Makeup: The Wolfman

Best Original Score: The Social Network

Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song: 127 Hours

Best Achievement in Sound Mixing: Inception

Best Achievement in Sound Editing: Inception

Best Achievement in Visual Effects: Inception

Best Documentary, Features: Exit Through the Gift Shop

 

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Na segunda-feira irei ver como isto correu. Pretendo ainda fazer comentários a algumas das categorias acima anunciadas, na espécie de Let's take a look at 2010

domingo, 20 de fevereiro de 2011

The Fighter (2010, Russell)


 The Fighter retrata parte da vida do pugilista Micky Ward (Mark Wahlberg), focando-se nos anos que constituem a ascensão meteórica do mesmo dentro dos ringues de boxe. Esta é a premissa do filme, contudo, a forma de como ela é executada não nos traz nada de novo, no que concerne a filmes sobre lutadores de boxe. É genérico, genérico e genérico.

Apesar de David O. Russell injectar algum interesse nos combates de boxe, e na forma de como eles são filmados, toda a história de fundo é completamente banal o que evoca aquela expressão de “Been there, done that”. 


 Overacting mode: Engaged.

Após todas as críticas avassaladoras que li sobre o filme, com especial enfoque nas “brilhantes” interpretações dos actores, devo dizer que fiquei extremamente desapontado.

Surpreendentemente, o Mark Wahlberg e a Amy Adams (que interpreta o papel de bar girl lá do sítio, e posteriormente, o de namorada de Micky) são aqueles que mais se destacam pela positiva, e que tentam fazer algo com as personagens que lhes foram dadas. Não são as personagens mais bem escritas de sempre, e diria até que são bastante unidimensionais, mas estes dois actores esforçam-se para desenvolvê-las na medida do possível.

Agora, o Christian Bale (Dicky – irmão de Micky, crack addict e outrora grande promessa do boxe) e a Melissa Leo (Mãe dos dois irmãos e agente de Micky) entram num modo de completo overacting desde o ínicio do filme até ao momento em que os créditos finais começam a rolar. Eu não tenho qualquer problemas com interpretações exarcebadamente explosivas, mas têm que ser feitas de uma forma minimamente controlada. O que não acontece aqui. Todo o excesso adoptado por Bale e Leo tornam as suas respectivas performances tão mecânicas que simplesmente se tornam distractivas, fazendo com que o espectador não consiga estar completamente focado na própria história. Surgem como verdadeiras caricaturas sem qualquer tacto.
Verdadeiras desilusões tendo em conta de que tenho vindo a gostar dos papéis que Melissa Leo tem vindo a desempenhar, e de que considero-me um grande fã de Christian Bale. Oh well.


 Em jeito de conclusão, é de louvar a atitude de Mark Wahlberg que esteve 989836498 anos a tentar que o filme fosse feito. Não desistiu da sua visão, e o seu esforço compensou. The Fighter está nomeado para 7 Óscares da Academia – nas categorias de Melhor Filme, Realizador, Argumento Original, Actor Secundário e Actriz Secundária [x2], e Montagem –, e teve ainda uma boa prestação no box-office Americano.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Black Swan (2010, Aronosfky)


Uma progressiva descida à demência e à auto-destruição no mundo do Ballet. O novo filme de Darren Aronofsky aborda esse mundo de uma forma bastante negra e perturbadora. A obsessão pela perfeição e a perda da inocência são aqui bastante bem capturadas pela mão de um dos realizadores mais interessantes da actualidade.

Nina (Natalie Portman) é uma bailarina na companhia de bailado de Nova Iorque que anseia por um destaque nas luzes da ribalta. Nina, eventualmente, acaba por ser escolhida para interpretar o papel principal da nova versão d’O Lago dos Cisnes de Thomas (Vincent Cassel) – A Rainha dos Cisnes. Contudo, este é um papel dual que exige a total capacidade de Nina para interpretar o Cisne Branco – singelo, inocente e frágil – bem como o Cisne Negro – sensual e provocador. Enquanto que Nina é perfeita para o papel do Cisne Branco, o mesmo não se pode aplicar ao outro papel. A entrada de uma nova bailarina, Lily (Mila Kunis) – que aparenta ser a perfeita escolha para o papel de Cisne Negro – surge como um verdadeiro turbilhão na vida de Nina, fazendo com que a sua vida entre numa espiral descendente auto-destrutiva.


O que Aronofsky tem aqui é uma obra portadora de uma grande intensidade. Auxiliado por uma excelente banda sonora (amplamente baseada em Tchaikovsky, o que é simplesmente natural dada a natureza e a premissa do filme) e por uma fotografia que conjuga o preto e o branco com enorme delicadeza, o realizador mostra-nos o lado «feio» do mundo do bailando, focando as fortes rivalidades que se fazem dentro do mesmo, focando a pressão que, neste caso, as bailarinas enfrentam para evitarem cairem no esquecimento. Afinal, essa é a força motriz por detrás da personalidade de Nina. I just want to be perfect, diz ela a dada altura.

Apesar do argumento não ser exactamente a peça mais original do Mundo e de acarretar, até, alguma previsibilidade [desde o momento em que ficamos a saber que Nina é eleita para o papel principal, é óvio que iremos vê-la a actuar a certa altura do filme], consegue captar a atenção do espectador na medida em que levanta constantemente questões que colocam em confronto a realidade e a imaginação.

Pouco há a acrescentar ao que se tem dito da interpretação de Natalie Portman, por isso apenas irei reiterar o facto de que ela está fenomenal no filme. There.

Continuando e tecendo uma pequena consideração sobre o final. «Épico» é uma palavra que me vem à cabeça. «Brilhante» seria outra. A meu ver, Black Swan tem o melhor final dos últimos anos. A intensidade vai escalando à medida que O Lago dos Cisnes vai caminhando para o seu último acto, e toda a encenação é um festim para os sentidos. Magistral.

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A progressive descent into madness and self-destruction in the world of Ballet. The new film from Darren Aronosfky tackles that world in a rather dark and disturbing manner. The obsession for perfection and the loss of innocence are themes that are extremely well explored by one of the most interesting directors currently working.

Nina (Natalie Portman) is a ballerina in the New York’s Ballet Company and she looks forward for the day that she gets the spotlight. Eventually, Nina ends up getting the leading role in Thomas’ (Vincent Cassel) new version of The Swan Lake – the Swan Queen. However, this is a role that demands Nina to show two different sides in an effortless way: the White Swan – pure, innocent and fragile; and the Black Swan – mysterious, sensual and provocative. Nina is, effectively, perfect for the White Swan role, but she struggles with the other part. Lily (Mila Kunis) is a new ballerina that joined the company and apparently, is also the perfect and most natural choice to play the black swan part. Her entry only manages to stir up Nina’s life, making her engage in a downwards auto-destructive spiral.


Aronofsky conducted a film that bears immense intensity. Aided by an excellent score (largely based on Tchaikovsky, which is only natural taking into account the film’s premise and nature) and by an exquisite cinematography that conjugates black and white in the most delicate way, the director shows us the «ugly» side of the Ballet world, focusing on the strong rivalries that are made within that same world, focusing on the extreme pressure that, in this case, ballerinas face in order to not fall into oblivion. After all, that pressure is the driving force behind Nina’s personality. «I just want to be perfect», she says at a given point.

Even though the screenplay is not necessarily the world’s most original piece and taking into account that it is also a predictable plot [since the moment that we know Nina got chosen for the leading part, it is obvious we are going to see her perform], it manages to grab the viewer’s attention in the way it constantly arouses questions that confront reality and imagination.

Little is there to add what has been said about Natalie Portman’s performance, so I’m only going to reiterate the fact that she is phenomenal in this film. There.

One consideration about the big finale. «Epic» is a word that springs to mind. «Brilliant» would be another. In my perspective, Black Swan has the greatest ending from the few last years. As The Lake Swan is being performed, the intensity, to which the audience is subjected to, grows as the ballet heads to its final act. Masterful.


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