domingo, 31 de outubro de 2010

Looking Back At 2004.

Mais um ano, mais uma contagem! Enjoy
Another year, another countdown! Enjoy

#10
36 Quai des Orfèvres [Department 36]
Dir. Olivier Marchal

#9

Wicker Park
Dir. Paul McGuigan

#8
 Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Dir. Michel Gondry

#7 
Million Dollar Baby
Dir. Clint Eastwood

#6
 Mar Adentro [The Sea Inside]
Dir. Alejandro Amenábar 
 
#5
Vera Drake
Dir. Mike Leigh

#4
Diarios de Motocicleta [The Motorcycle Diaries]
Dir. Walter Salles

#3
Hauro no Ugoku Shiro [Howl's Moving Castle]
Dir. Hayao Miyazaki

#2 
Collateral
Dir. Michael Mann

#1
Before Sunset
Dir. Richard Linklater


domingo, 24 de outubro de 2010

The Exorcist (1973, Friedkin)


Com o Halloween à porta, época essa propensa a ambientes mistícos onde supostamente paira no ar um clima de terror impelido por temas do oculto, que melhor altura para falar daquele que é considerado o filme mais aterrador de sempre do que esta? Falo do The Exorcist.

Na altura do seu lançamento, 1973, este filme gerou imensa controvérsia. No Reino Unido, algumas localidades baniram a exibição do filme (o que por sua vez gerou um fenómeno bastante peculiar: Eram organizadas excursões às cidades mais próximas que exibiam o filme, apenas para que as pessoas o pudessem ver), um espectador processou a Warner Brothers por ter desmaiado durante o filme e ter, consequentemente, partido o maxilar, e a assistência médica era frequente nas diversas exibições do filme para tratarem dos numerosos casos de desmaios e ataques de histeria que o mesmo causava nas suas audiências. No meio disto tudo, as revistas Entertainment Weekly e Maxim elegeram o filme de William Friedkin como o mais assustador de todos os tempos, e foi o primeiro filme de Terror a cair nas boas graças da Academia, tendo arrecadado um total de 10 nomeações para os Oscares, incluindo Melhor Filme.

Creio que muitos de vós já estejam familiarizados com a história, mas por motivos de contextualização, aqui vai: Regan (Linda Blair), 12 anos, altera o seu comportamento de uma forma extremamente radical. Chris (Ellen Burstyn), preocupada com o estado de saúde mental da filha, submete-a a uma bateria de testes para descobrir o que está por detrás da súbita mudança de comportamento da filha. Sem aval, e sucumbindo ao desespero, Chris procura ajuda junto do Padre Karras (Jason Miller). A ideia de que Regan possa estar possuída por um espírito maligno vai ganhando substância, levando Karras a pedir ajuda ao Padre Merrin (Max Von Sydow) para a realização de um exorcismo.

Antes de tudo, é importante perceber que The Exorcist foi produzido numa época em que Hollywood, no que toca ao género Terror, estava on fire. Os filmes começavam a ser cada vez mais tensos, mais provocantes, mais excruciantes. Mas afinal o que distingue este filme de todos os outros, ao ponto de ser considerado o mais assustador? Bem, na minha opinião, é um filme que joga muito com as crenças dos seus espectadores, garantindo-lhe um terror psicológico avassalador. Não é de admirar que a Igreja não tenha visto The Exorcist com bons olhos, afirmando que é uma obra que apela ao satanismo e à adoração do oculto. Contudo, não partilho a mesma opinião. Até o considero como um filme religiosamente optimista: Dadas as circunstâncias em que o Padre Karras se encontra, e no meio daquele verdadeiro Inferno, ele consegue encontrar na sua fé a motivação e as forças necessárias para triunfar naquela luta contra o Mal.

Choque. Muitas das imagens e cenas utilizadas no filme têm em vista maximizar o impacto que o filme pudesse vir a ter nas pessoas, e sendo este um filme de terror, o caminho mais natural para obter esse impacto é através do choque. É nesse aspecto em que The Exorcist surge como sendo um filme verdadeiramente inovador (relembrem-se que estamos no início da década de 70) e icónico – aparentemente a cena que envolve a punção da carótida de Regan causou náuseas a muito boa gente que viu o filme nos cinemas, e as ínfames cenas da spiderwalk, do crucifixo, e do pedido de ajuda da Regan certamente ficaram na mente de um número ainda maior de pessoas. 

Dada a natureza bastante delicada do clássico de 1973, o filme nunca cai em clichês, tratando sempre os seus temas com a dignidade e o respeito que merecem. As interpretações fantásticas de Linda Blair, Ellen Burstyn e Jason Miller valeram-lhes nomeações para  as suas categorias respectivas nos Oscares.

Vi-o pela primeira vez quando tinha 9 anos e devo dizer que fiquei traumatizado, erm, ao ponto de ter que dormir com a luz acessa durante uma semana. Ontem revi-o, passados 12 anos, e continuo a achá-lo extremamente desconfortável e perturbador (mas sim, já durmo com as luzes fechadas ahaha). Os efeitos já estão um bocado datados, o que é natural, mas o poder da sugestão continua presente e as ideias nele imbutidas mantêm-se vigorosas. Agora, com 21 anos, não diria que o The Exorcist é o filme mais assustador de sempre, mas que é um marco na história do cinema e uma excelente sugestão para o Halloween? Podem crer.

Fun trivia
Ajustado à inflacção, este é o filme para maiores de 18 com o maior resultado de bilheteiras de sempre.
Ajustado à inflacção, este é o filme mais bem sucedido nas bilheteiras da Warner Brothers.

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What better time to talk about the film that it is considered to be the most terrifying of all time than Halloween – a season marked by a mysterious atmosphere where horror takes the spotlight once a year? I’m talking about The Exorcist.

At the time of its release, 1973, this movie generated a lot of controversy. In the UK, some councils banned its screenings (which lead to a rather curious phenomenon: Bus trips were organized to the nearest towns that were screening The Exorcist, just so people could watch it), a filmgoer sued Warner Brothers because he fainted and consequently broke his jaw, and medical assistance was frequent on showings to treat fainting and hysteria cases. Entertainment Weekly and Maxim magazines voted it as the scariest movie of all time, and this was the first horror movie to fall on the Academy's good graces, scooping a total of 10 nominations for the Oscars, including Best Picture.

First of all, it is important to realize that The Exorcist was produced in a time in which Hollywood, when it comes to the horror genre, was simply on fire. Movies started to become tenser, more provocative and more unapologetic. But just what distinguishes this movie from all the others, to the point of being considered as the most terrifying? Well, in my opinion, it is a movie that plays with the viewers’ beliefs, which grants it a towering psychological horror nature. It’s not really surprising that the Church didn’t fall over for this movie, stating that it appeals to satanic themes and to the worship of the occult. I rather see The Exorcist as a religiously optimistic movie: Given the circumstances Father Karras sees himself into, and in the middle of Hell, he is able to gather, in his faith, the motivation and the necessary strength to come out as victorious in a battle against Evil.

Shock. Many of the imagery and scenes used in Friedkin’s film have their sights on maximizing the impact that it could have on people, and being a horror movie, the more natural way to achieve that would be through shock. It is in that element that The Exorcist can be regarded as a truly innovative (bear in mind that we are in the beginning of the 70s) and iconic – apparently, the scene revolving around Regan’s puncture gave people nausea, and the infamous spiderwalk, crucifix and Regan’s cry for help scenes certainly stayed on lots of people’s minds.

Given the delicate nature of the 1973’s classic, the movie never falls on stereotypes and cliches, giving its themes the dignity and respect they deserve. The fantastic performances by Linda Blair, Ellen Burstyn and Jason Miller translated into Oscar nominations in their respective categories.

I saw it for the first time when I was 9 years old, and I must say it traumatized me, erm, to the point that I could only sleep with the lights on for a whole week. Yesterday, after 12 years, I rewatched it for the first time and I still find it to be extremely unsettling and disturbing (but now I can sleep with the lights off. Ahahaha). Obviously, the effects appear to be a little bit dated, but the power of suggestion is still there and the ideas embedded in it are still vigorous. Now, I’m 21 years old and I wouldn’t say The Exorcist is the scariest movie ever. But is it a landmark on cinema history and an excellent suggestion for Halloween? You bet.

Fun trivia
If adjusted for inflation, this would be the top grossing R-rated film of all time.
This is Warner Brothers' highest grossing film of all time when adjusted for inflation.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Looking Back At 2005.

Eis os meus dez eleitos para 2005. Enjoy.


#10
Sophie Scholl: Die Letzten Tage [Sophie Scholl: The Last Days]
Dir. Marc Rothemud


#9
 Caché [Hidden]
Dir. Michael Haneke


#8
  Chinjeolhan Geumjassi [Lady Vengeance]
Dir. Chan-wook Park 


#7
 Alice
Dir. Marco Martins 


#6
 A History of Violence
Dir. David Cronenberg


#5 
 Munich
Dir. Steven Spielberg 


#4
Match Point
Dir. Woody Allen


#3 
Kiss Kiss Bang Bang
Dir. Shane Black


#2
Sin City
Dir. Robert Rodriguez


#1
Good Night, and Good Luck.
Dir. George Clooney


terça-feira, 19 de outubro de 2010

My 20 Favorite Movies: #15. The Night of the Hunter (1955, Laughton)


No décimo quinto lugar temos mais um filme da década de 50. The Night of the Hunter. O filme de 1955, único filme que o actor Charles Laughton realizou (ou pelo menos, o único em que ele aparece creditado), é um film-noir que foi lançado no pináculo da era noir – as décadas de 1940 e 1950 foram as épocas de ouro deste género, e diz-se que o Touch of Evil de Orson Welles, que chegou às salas de cinema em 1958, é um dos últimos filmes que melhor representam este género.  


The Night of the Hunter conta a história de Harry Powell (Robert Mitchum): Um homem que se casa com viúvas, assassinando-as depois para que possa ficar com o dinheiro delas. Preso por roubo de viaturas, Harry conhece Ben (Peter Graves), o seu companheiro de cela, e este último diz-lhe involuntariamente que roubou 10.000$ e que os escondeu (somente os seus filhos sabem onde essa quantia está escondida). Posteriormente, Ben é executado e quando Harry sai da cadeia e segue rumo a Cresap’s Landing para reconfortar Willa (Shelley Winters), viúva do seu defunto companheiro de cela. Harry e Willa estabelecem uma relação. Casam-se. Harry assassina Willa. Harry presegue os filhos de Willa com o único objectivo de lhes extrair a informação que o levará ao grande prémio.
O que temos aqui é um filme verdadeiramente poético em toda a sua estrutura e um marco na história do cinema norte-americano. Cada cena é fortemente carregada de simbolismo e a história é apresentada através de um ponto-de-vista que se assemelha bastante à visão que uma criança tem de um pesadelo.


A fotografia é o grande destaque deste filme, e no meio de tantos pontos fortes, isto significa que estamos na presença de algo mágico. Composta por luzes bastante fortes, pelo severamente marcado contraste e pela utilização de ângulos agudos, a influência do expressionismo alemão é bastante clara e isso transparece para o resultado final – É, facilmente, a melhor fotografia a preto e branco que alguma vez tive o prazer de ver ao longo desta minha viagem pelo mundo cinematográfico.


Igualmente brilhantes, são as interpretações de Robert Mitchum e de Lilian Gish. Mitchum agarra a personagem de Harry Powell, encarna-a, e torna-a num dos maiores vilões que alguma vez já surgiu no grande ecrãn. Harry é um verdadeiro demónio, é o próprio Mal personificado. Por outro lado, Lilian Gish confere à sua personagem (Rachel, a bondosa senhora que acolhe os dois miúdos foragidos) a vulnerabilidade e a força de vontade de ajudar os outros que tão bem contrasta com a personagem de Robert Mitchum. O choque entre estas duas personagens culmina numa batalha entre o Bem e o Mal, numa cena que me dá arrepios só de pensar nela.
Para acrescentar, reiterando tudo o que foi anteriormente dito e em gesto de conclusão, o nível de suspense desta obra cinematográfica é off-the-chart, não ficando nada atrás das maiores obras de Alfred Hitchcock.

Tenho pena que a pobre recepção que este filme teve, tanto em termos de críticas,bem como ao nível de box-office, tenha repelido Charles Laughton de continuar a realizar filmes. Quem sabe o que mais poderia ter este actor oferecido ao cinema para além desta obra-prima?

P.S. – Queria apenas informar que a contagem decrescente dos meus vinte filmes preferidos vai estar em standby. Irei continuá-la brevemente, mas quero também escrever sobre outros filmes, notícias, eventos e afins entretanto. Obrigado!

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Sitting at the fifteenth spot we have another movie from the 50s. The Night of the Hunter. The 1955 movie, the only movie that the actor Charles Laughton directed (or at least, the only one in which he is credited as a director), is a film-noir that was released in the height of the noir era – the 40s and the 50s were the golden age for this genre and 1958’s Touch of Evil (Orson Welles) is the last movie that is truly defined as being film-noir, so it says. This film tells the story of Harry Powell (Robert Mitchum): A man who marries widows only to murder them shortly after their marriage, in order to get their money. Being sent to jail for auto theft, Harry meets Ben, his cellmate, and the latter tells him (unwillingly) that he stole $10,000 and that he hid them (only his kids know the whereabouts of that sum). Meanwhile, Ben is executed, and after Harry is set free, his next destination is pretty clear: Cresap’s Landing. There, he will get closer to his dead cellmate’s widow, Willa. Harry and Willa bond. They get married. Harry murders Willa. Harry pursues Willa’s children with the only purpose of extracting the information that will lead him to the big prize.


What we have here is a truly poetic movie in all its structure and a landmark in the history of North-American Cinema. Each scene is denoted with heavy symbolism and the story is presented in a way that resembles a child’s own vision of a nightmare.
The cinematography is the standout aspect of this film, and in the midst of so many strong points that means something. Characterized by pretty strong lights, by severe contrast and by the use of sharp angles, it’s easy to see the influence of German expressionism, and that shows on the final product – It’s, easily, the best black and white cinematography I ever had the pleasure to see during my journey through the fascinating world of film-making.


Equally brilliant, are the performances of Robert Mitchum and Lilian Gish. Mitchum tackles the character of Harry Powell, becomes it, and makes it out to be one of the greatest villains to have ever graced the screen. Harry is a demon, it is Evil personified. On the other hand, Lilian Gish conveys to her character (Rachel, the kind lady who “adopts” the two kids) the vulnerability and the power of will to do good that so beautifully contrasts with Mitchum’s character. The clash between these two characters culminates in a battle that opposes Good and Evil, in a scene that gives me the chills just by thinking of it.


Supporting everything I said previously, and in a concluding way, The Night of the Hunter’s suspense levels are off-the chart, not taking second place to some of Alfred Hitchcock’s masterworks.

I’m sad to know that this film’s poor reception, critically and box-office wise, was the main reason that repelled Charles Laughton of exploring his talents as a director. Who knows what else this gifted actor could have given to cinema besides this masterpiece?


P.S. – I just want to inform you that the countdown of my 20 favorite movies will be halted. I will pick it up soon, but as of now I also want to write about other movies, news, events and so on. Thank you!

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

My 20 Favorite Movies: #16. Goodfellas (1990, Scorsese)



Um clássico e, muito provavelmente, o meu filme preferido que se debruça sobre o mundo da máfia. The rise and fall of Henry Hill. Baseado numa história verídica, o filme retrata a vida de Henry Hill. Desde cedo, Henry sempre foi fascinado pelo mundo do crime organizado, e desde miúdo que olhava pela janela do seu quarto e via a vida que os wiseguys do seu bairro levavam. Ele queria ser um deles. Era a sua única aspiração, e foi exactamente isso que se sucedeu.


Não sei se posso dizer que o filme de Martin Scorsese segue uma simples narrativa, um rumo extremamente claro. Creio que é mais que isso. É uma verdadeira perspectiva sobre um mundo mafioso que oferece um panorama detalhado sobre os bons e os maus momentos que compõem esse particular estilo de vida.

Acho que o que torna o filme tão bom é o facto de transparecer o amor que o Martin Scorsese tem por fazer filmes – é evidente em cada uma das cenas que constituem o Goodfellas. É claro que todo o conhecimento que o realizador tem da comunidade em que o filme se insere também contribui para a elevada qualidade do filme, não descurando ainda o excelente trabalho da sua colaboradora frequente, e amiga, Thelma Schoonmaker: A montagem é simplesmente minuciosa, nunca deixando de parte o mais ínfimo pormenor (Simplesmente adoro a cena do Copacabana), impedindo que o filme se torne enfadonho ao longos dos seus 142 minutos de duração.

Ao nível de interpretações? De uma forma geral diria que todas elas se encontram num intervalo cujos limites são “bom” e “excelente”. Desta forma, destaco o brilhante desempenho de Joe Pesci que conseguiu encontrar em Tommy DeVito uma personagem icónica:

Tommy DeVito: “You mean, let me understand this cause, ya know maybe it's me, I'm a little fucked up maybe, but I'm funny how, I mean funny like I'm a clown, I amuse you? I make you laugh, I'm here to fuckin' amuse you? What do you mean funny, funny how? How am I funny?”

Trailer:



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A classic and, very likely, my favorite movie that deals with the organized crime world. Based on a true story, Goodfellas portrays the life of Henry Hill. Ever since his younger days, Henry always found the mobster world to be a fascinating one, and as a kid, while he looked outside his window and saw the life that his neighborhood’s wiseguys lead, he always wanted to become one. That was his only aspiration, and consequently, that’s the path of life that he chose.
I don’t know if I can say that Martin Scorsese’s movie follows a straight-forward narrative. I believe it’s more than that. It’s a true retrospective about a mobster world that delivers an extremely detailed perception about the good and bad moments that fulfill that particular lifestyle.

I believe that what makes the movie work so well is the fact that Scorsese’s passion to make films is visible in every single shot, and in every single scene. It’s also evident that the director’s heavy knowledge about the community in which the film is set also contributes to the high quality of the picture. But this isn’t only Martin Scorsese’s merit. His old collaborator and friend, Thelma Schoonmaker, also did a remarkable job while editing the film: it’s an extremely meticulous work that never leaves out the smallest detail, preventing the movie to become a bore during its 142 minutes duration.
 
On the acting department? Well, generally speaking, I’d say that every performance ranges from good to excellent. Following this stem of thought, I highlight Joe Pesci’s memorable performance – He found out in Tommy DeVito an extremely iconic character:

Tommy DeVito: “You mean, let me understand this cause, ya know maybe it's me, I'm a little fucked up maybe, but I'm funny how, I mean funny like I'm a clown, I amuse you? I make you laugh, I'm here to fuckin' amuse you? What do you mean funny, funny how? How am I funny?”


Trailer: Posted above.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

My 20 Favorite Movies: #17. Trzy kolory: Bialy [Three Colors: White] (1994, Kieslowski)


A quarta entrada nesta série é o segundo filme da trilogia das três cores de Krzysztof Kieslowski - Trzy Kolory: Bialy [Três Cores: Branco]. Contudo, e por motivos que se prendem com tempo limitado, não consegui escrever uma pseudo mini crítica. Eheh. Mas partilhem as vossas opiniões que quero ouví-las, erm, lê-las!

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The forth entry in this series is the second installment of Krzysztof Kieslowski's three colors trilogy - Three Colors: White. However, and due to reasons that are related with lack of time, I wasn't able to write up a mini review of this film. But, please do share your thoughts on this film, because I wanna hear them, erm, read them!

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

My 20 Favorite Movies: #18. Rear Window (1954, Hitchcock)



Tagline: Through his rear window and the eye of his powerful camera he watched a great city tell on itself, expose its cheating ways...and Murder!

Estamos no ano de 1954, um ano em que Alfred Hitchcock lançou dois filmes: Dial M for Muder e Rear Window (ambos com a participação de Grace Kelly). É deste segundo de que irei falar neste post.
Constantemente referido como uma das obras-primas do mestre do suspense e, actualmente, sendo o filme do realizador mais bem posicionado no Top 250 do IMDb, o Rear Window é uma obra que desvenda o mundo do voyerismo interlaçado com o acto de desvendar crimes.


 James Stewart (Jeff), imobilizado no seu apartamento numa cadeira de rodas – resultado de uma perna partida – passa os seus dias a ver. A janela que dá para o seu bairro é aquilo que Jeff mais utiliza para passar os seus dias. A ver os vizinhos da frente. A conhecer os seus vizinhos através da lente da sua camara fotográfica.
É fácil perceber o porquê deste filme ser considerado com um dos melhores filmes realizados por Alfred Hitchcock: Confinado a uma única localização – o bairro, o realizador consegue injectar uma grande intimidade no filme. Afinal de contas, as personagens que dão vida ao cenário acabam por se tornar nos nossos próprios vizinhos ao longo da duração do filme. Ficamos a conhecer os profundos pormenores que caracterizam cada um deles, os seus hábitos, os seus modos de vida. Contudo, é um certo vizinho que suscita um maior interesse em Jeff. Motivado pela ideia de que o seu vizinho da frente tenha cometido um crime, Jeff empenha-se em desvendá-lo, contando sempre com o apoio da sua namorada Lisa (Grace Kelly) e da sua enfermeira (Thelma Ritter). Com uma realização e montagem incisivas, o grande climax do filme é simplesmente um testemunho à genialidade de Hitchcock, e ao próprio título de mestre de suspense.

Será que iremos ver mais alguma obra deste realizador nesta contagem? Não percam o próximo post, porque nós eu também não! (ahahah).

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1954: A year where Alfred Hitchcock released two motion pictures: Dial M for Murder and Rear Window (both starring Grace Kelly). I will talk about the latter.


 Constantly referred to as one of his greatest pieces of film-making and, as of now, the director’s highest ranked movie in the IMDb Top 250, Rear Window takes a look into the voyeurism world and mixes it with a sophisticated crime story.
James Stewart (Jeff), unable to move – due to a broken leg – spends all of his days in his apartment, just looking. His rear window is what he uses the most to pass time. Watching his neighbors. Getting to know his neighbors through his camera’s lens.

It’s easy to see why Rear Window is revered as one of Hitchcock’s greatest films: The action takes place in one single set – the neighborhood, and Hitchcock injects a big amount of intimacy in his movie. After all, throughout the whole movie, those characters become our own neighbors and we get to know all these little details that make each one of them unique, their habits, and their lifestyles. However, it is this particular neighbor that arouses great interest from Jeff. Driven by the thought that his front neighbor had committed a crime, he sets himself to discover the truth about his suspect, with the aid of his girlfriend Lisa (Grace Kelly) and his nurse (Thelma Ritter). With some incisive direction and editing, the film’s big climax is a testimonial to Hitchcock’s geniality.

 Will we see another Hitchcock picture in this countdown? 

Keep tuned in!  
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

My 20 Favorite Movies: #19. Se7en (Fincher, 1995)



O Se7en, aquela que considero ser a obra-prima de David Fincher até à data, é um dos 3 melhores thrillers que já tive a felicidade de ver (relativamente aos outros dois, posso já adiantar que um deles é o M (1931) de Fritz Lang. O outro? Terão que esperar para ver, uma vez que será figurado nesta contagem!).  Caracterizado por uma atmosfera extremamente sombria e perturbadora, o filme de 1995 retrata o envolvimento de dois detectives (Sommerset e Mills, interpretados por Morgan Freeman e por Brad Pitt, respectivamente) na caça a um serial killer. A engrenagem de todos os seus crimes tem como premissa colocar o pecador em confronto com o pecado que comenteu.


É um filme que consigo desfrutar com entusiasmo vezes sem conta, mesmo já sabendo o desenlace da história, devido à sua execução extraordinária: todos os elementos do filme conjugam-se numa harmonia magistral. Por um lado, temos uma realização meticulosa por parte de David Fincher, cuja imensa atenção ao detalhe e ao pormenor permite que a audiência mergulhe com ele no mundo da obsessão, característica essa intrínseca à natureza das próprias personagens. A fotografia com os seus tons escuros sombrios capta maravilhosamente a essência do próprio filme, e a montagem é extremamente coesa fazendo com que o espectador não vá perdendo o interesse à medida que o filme avança de crime para crime. Aliado a estes factores temos ainda uma banda sonora que nos transporta para o mundo vivido pelos dois detectives e um twist que é verdadeiramente surpreendente.

  
William Somerset: Ernest Hemingway once wrote, "The world is a fine place and worth fighting for." I agree with the second part.

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I consider Se7en to be David Fincher’s masterpiece to date and also one of the very best three thrillers I’ve ever had the pleasure to watch (regarding the other two, I can say that one of them is Fritz Lang’s 1931 movie, M. The other one? Well, you will just have to bear with me because it will be featured on this countdown very soon). Marked by its unsettling and dark atmosphere, this 1995 crime film deals with the involvement of two detectives (Sommerset and Mills, played by Morgan Freeman and Brad Pitt, respectively) in the hunt for a serial killer. His killing method revolves around the idea of facing Sinner with its respective sin.
It’s one of those movies that I can endlessly rewatch with the same enthusiasm I had the first time I saw it, even when I already know how the story will unfold, due to its perfect tight execution: all of the film’s elements come together in a wonderful harmony. First, we have an extremely meticulous direction by David Fincher, whose immense attention to detail allows the audience to delve into this obsessive world. The dark toned cinematography is also exquisite because it perfectly captures the mood of the film, and the editing is so cohesive that grabs the viewer’s attention and doesn’t let go until the film is over. Adding to all this, we still have a score that takes us to the world where the two detectives live and the movie’s twist is really surprising as well.


William Somerset: Ernest Hemingway once wrote, "The world is a fine place and worth fighting for." I agree with the second part.

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sábado, 2 de outubro de 2010

My 20 Favorite Movies: #20. Scary Movie (Wayans, 2000).



Existem filmes que nos apelam à inteligência, à razão. Outros, à emoção. Para mim, o trabalho de Keenen Ivory Wayans insere-se na segunda categoria, claramente. Adoro filmes que sabem que não são sérios e como tal não se levam a sério. Têm o propóstio de entreter, e nada mais. No ano de 2000 estreou o Scary Movie. Rir, Rir, Rir, Rir! É um daqueles filmes que me faz rir do príncipio ao fim e passados dez anos continua a provocar-me o mesmo efeito que provocou da primeira vez que o vi. Mas o que torna este filme tão delicioso? Bem, primeiro poderia referir que adoro as inúmeras piadas random que preenchem o filme (lembro agora uma cena entre o assassino e a protagonista. No meio da luta, o assassino cai, e ao olhar para cima, vê uma Cindy a interpretar uma coreografia de Lord of The Dance em pleno ar. É caso para dizer wtf, mas a verdade é que consegue sempre pôr-me um sorriso na cara!). Também sou da opinião que as paródias são bastante bem executadas, realçando os grandes clichés dos filmes de terror (Buffy Gilmore: “Oh, is this the climax? Well, I hope you don't mind if I fake it!”), e algumas passagens no diálogo têm aquele pequeno tom provocatório que também me fazem rir.

The Killer: What's your favorite scary movie?
Drew Decker
: Kazaam! You know, the one where Shaq plays a genie.
The Killer: That's not a horror movie.
Drew Decker
: Yeah, well, you've never seen Shaq act.

Continuando e no meio da minha adoração por este filme, creio que o elenco é claramente o aspecto mais forte deste filme. Os responsáveis pelo casting encontraram o ouro quando decidiram escolher Anna Faris (Cindy), e Regina Hall como a grande amiga da Cindy, Brenda. A dinâmica entre estas duas actrizes é excelente, mantendo o humor constante durante o filme todo.


A única coisa que lamento em relação ao Scary Movie é o facto de ter criado um género secundário, os chamados Spoof Films. Este género, continuamente explorado por Aaron Seltzer e Jason Friedberg, cujos filmes recaem infinitamente no mesmo tipo de piadas juvenis (AHAHAH. ELE FOI CONTRA UMA PORTA) acabam por manchar a qualidade do primeiro filme da saga Scary Movie. São filmes que não têm um coração.

Deixo-vos aqui a minha cena preferida daquele que é um dos meus filmes preferidos mais antigos – Brenda at the movies.



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There are movies that win us over by appealing to our intellect, to our reason. Others, to our emotions. For me, Keenan Ivory Wayans’ work clearly falls into the latter category. I love movies that know they’re not serious ones, and consequently, that don’t take themselves so seriously since their purpose is to entertain. In 2000 Scary Movie came out. Laugh, laugh, laugh, laugh! Scary Movie is one of the movies that can make me laugh throughout its entirety, and ten years after its release, it still provokes the same effect on me as it did when I first saw it. But what makes this movie so scrumptious? Well, to start I could mention all those random jokes that fill the movie (I recall this particular scene between the killer and Cindy: In the middle of their fight, the killer falls down only to look up and see Cindy in the air recreating a Lord of The Dance choreography. It’s one of those moments where “wtf” is the first expression that springs to our minds, but nevertheless, it always puts this big smile on my face). I also think the parodies are well-executed, trashing the usual Horror movies clichés we are often subjected to (Buffy Gilmore: “Oh, is this the climax? Well, I hope you don't mind if I fake it!”), and some of the dialogue has that sharp edge that never fails to make me laugh.

 The Killer: What's your favorite scary movie?
Drew Decker
: Kazaam! You know, the one where Shaq plays a genie.
The Killer: That's not a horror movie.
Drew Decker
: Yeah, well, you've never seen Shaq act.


Moving on and in the midst of my adoration for this movie, I believe the cast is the stronger aspect of this film. The casting directors struck gold when they chose Anna Faris as the film’s leading lady, and Regina Hall as Cindy’s best friend, Brenda. Their dynamic is so interesting, and they play each other off remarkably well.

The only thing I would have to be sorry about this movie is the fact that it created the Spoof Movies sub-genre. This lame sub-genre, constantly exploited by Adam Seltzer and Jason Friedberg, heavily relies on the same juvenile humor (AHAHAH. He ran into a door!) that ends up tarnishing the quality of the first movie of the Scary Movie franchise. These movies lack some soul.
Anyway, I’m going to leave you with my favorite scene from one of my oldest favorite movies: Brenda at the movies (video above)



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