segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

The Ides of March (2011, Clooney)


O George Clooney consegue ser absolutamente fascinante por detrás de uma câmara: GOOD NIGHT AND GOOD LUCK é um soberbo exercício que explora o universo da política norte-americana dos anos 50, uma era severamente marcada pelo clima de insegurança política motivado pela caça aos comunistas levada a cabo por McCarthy. Foi o segundo trabalho de George Clooney (após a sua estreia em 2002 com CONFESSIONS OF A DANGEROUS MIND), e para mim, foi também o melhor filme de 2005. Interessante, fluído e bem executado.

Em 2011, Clooney volta a debruçar-se sobre o mundo da política com THE IDES OF MARCH e o resultado ficou um pouco áquem das expectativas. O elenco é competente, destacando-se pela positiva a interpretação de Evan Rachel Wood. No outro lado do espectro temos um Philip Seymour Hoffman que parece estar um tanto aborrecido nos papéis que ultimamente tem vindo a desempenhar (provavelmente será  apenas impressão minha, ou então as personagens que tem vindo a interpretar não requerem muito mais esforço da sua parte). A escrita também é sólida.

Contudo, parece que falta algo ao filme. Existe ali alguma tensão, mas não é suficiente para torná-lo memorável. Existe ali, também, um carácter forçoso no próprio desenvolvimento da narrativa. Por ventura, mais uns 15/20 minutos de filme poderiam conferir-lhe uma fluidez mais natural, sem no entanto prejudicar o resultado final, em vez de os acontecimentos sucederem-se uns aos outros de uma forma extremamente rápida. Faltou ali algum tempo para deixar que os eventos decorressem de uma maneira mais reflectida.

No final do dia, temo que seja apenas mais um filme que aborda a questão da corrupção na política. Vê-se bem, mas faltou ali algo que o destacasse mais, que o tornasse memorável.


domingo, 26 de fevereiro de 2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

As minhas escolhas: Melhor de 2011


Por esta altura do ano passado, listei as minhas escolhas para o que de melhor se fez em 2010 (o mais provável, é já estarem desatualizadas). Este ano, fazendo uma breve retrospectiva sobre 2011, volto a pegar no tema.

Critérios: Essencialmente, regi-me por um critério para as minhas selecções: (1) A data de estreia do filme no seu país de origem, excluindo festivais;

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Filme Estrangeiro: HEADHUNTERS (Noruega)
Fotografia: THE TREE OF LIFE
Banda Sonora: HANNA
Montagem: THE ARTIST
Efeitos Visuais: SUPER 8
Argumento Adaptado: MONEYBALL
Argumento Original: BEGINNERS

Realizador
05. Joe Wright - HANNA
04. Bennett Miller – MONEYBALL
03. Michel Hazanavicius – THE ARTIST
02. Nicolas Winding Refn - DRIVE
01. Lars Von Trier - MELANCHOLIA

Actriz Secundária
05. Elle Fanning – SUPER 8
04. Evan Rachel Wood – THE IDES OF MARCH
03. Cate Blanchett - HANNA
02. Melanie Laurent - BEGINNERS
01. Jessica Chastain – THE TREE OF LIFE



Actor Secundário
05. Jonah Hill - MONEYBALL
04. Nikolaj Coster-Waldau - HEADHUNTERS
03. Viggo Mortensen – A DANGEROUS METHOD
02. Michael Fassbender – JANE EYRE
01. Christopher Plummer - BEGINNERS



Actriz
05. Bérénice Bejo – THE ARTIST
04. Kirsten Dunst - MELANCHOLIA
03. Kristen Wiig - BRIDESMAIDS
02. Charlotte Gainsbourg - MELANCHOLIA
01. Tilda Swinton – WE NEED TO TALK ABOUT KEVIN



Actor
05. Ewan McGregor - BEGINNERS
04. Ryan Gosling - DRIVE
03. Anders Danielsen Lie – OSLO, 31. AUGUST
02. Jean DuJardin – THE ARTIST
01. Brad Pitt - MONEYBALL



Filme
05. THE ARTIST
04. HANNA
03. MONEYBALL
02. DRIVE
01. MELANCHOLIA

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Ainda há muito por ver, naturalmente, mas ficam as minhas escolhas para o que já vi.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Cool Project

Parece que o Ridley Scott vai contar com o Michael Fassbender para um dos seus futuros projectos, The Counselor.

Por si só, esta notícia já me faz aguardar com alguma antecipação o filme. E depois soube que o argumento é assinado por nada mais nada menos que Cormac McCarthy. Antecipation levels went through the roof. E assim arranjei o meu filme mais antecipado do ano em que sair.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Looking Back At 1996

#5
The Rock
Dir. Michael Bay

#4
Sleepers
Dir. Barry Levinson

#3
Mars Attacks!
Dir. Tim Burton

#2
Trainspotting
Dir. Danny Boyle

#1
Fargo
Dirs. Joel Coen & Ethan Coen

sábado, 4 de fevereiro de 2012

The Artist (2011, Hazanavicius)


Uma viagem ao passado. O regresso a uma altura em que uma imagem, literalmente, valia mais que mil palavras. A uma altura em que o diálogo se esconde atrás da grande tela e em que as expressões faciais e corporais assumem o papel principal. A uma altura em que o preto e branco era o rei do grande ecrã. Um filme da década de 1920 em pleno 2012. É essa a viagem que The Artist oferece, pela habilidosa mão de Michel Hazanavicius.

Uma ode aos primórdios tempos do Cinema. O ano é 1927 e George Valentin (Jean DuJardin) é uma das maiores estrelas do cinema mudo. Com o aparecimento do cinema falado, George prontamente rejeita a noção de que será algo permanente, acreditando que é apenas uma fase. Peppy Miller (Bérénice Bejo) é uma aspirante actriz, destinada a conquistar o Mundo. E enquanto Peppy se torna a face da transição do mudo para o falado, George vê a sua outrora ofuscante fama a descender aos fundos de um negro poço.


Deixando a sua marca no festival de Cannes e assumindo-se como um dos grandes favoritos na corrida aos Óscares, The Artist é inovador sem necessariamente o ser. Utiliza técnicas que constituiam a norma décadas atrás e aplica-as no presente, e só por esse simples facto diferencia-se automaticamente dos restantes filmes que por aí vão estreando (será que o The Good German, do George Clooney, beneficiaria da mesma popularidade que The Artist desfruta caso fosse mudo?).
 
Ainda que ao nível do argumento a obra de Hazanavicius também não seja extremamente original – The Rise and Fall de uma estrela, a insistente obstrução à mudança, a ascensão meteórica de uma outra estrela são alguns pontos que lembram certas personagens como Norma Desmond (Sunset Blvd., 1950) ou Margo Channing (All About Eve, 1950) – o charme deste pequeno filme é inegável, o que torna a sua visualização extremamente agradável.
 
Os aspectos técnicos são irrepreensíveis, a banda sonora captura a verdadeira essência do filme e a dupla DuJardin/Bejo evoca toda a classe dos actores de antigamente. Até o cão contribui para a elevada qualidade do resultado final. Se recomendo o filme? With pleasure.


DOA Random Survey XII

E aqui fica a primeira edição deste random survey. A primeira deste ano de 2012!

#1 2011 foi um bom ano cinematográfico ou deixou muito a desejar?
#2 As expectativas para o que aí vem de 2012 são altas ou nem por isso?
#3 Falando em 2012, 2012 de Roland Emmerich sucks. Concordam?
#4 Qual o melhor filme que viram em Janeiro? E o pior?
#5 Com a controvérsia toda por detrás da SOPA, da PIPA e da ACTA, qual é a vossa opinião sobre o efectivo impacto da pirataria na indústria cinematográfica? (tendo em conta que nos últimos 4 anos foram 7 os filmes que ultrapassaram a barreira dos mil milhões de dólares no box-office).


Nota: Gostava de obter sugestões vossas sobre possíveis questões futuras, por isso se se lembrarem de algumas ou se gostarem de ver alguma questão que ainda não tenha sido abordada, enviem-nas para: notesonmyfilms@gmail.com
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