segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Oscar Race Update.

The big picture. A semana passada diria convictamente que o filme de David Fincher levaria para casa a estatueta de Melhor Filme na próxima cerimónia de entrega de prémios da Academia. Hoje já não tenho tantas certezas. The King's Speech tem vindo a ganhar momentum no sprint final desta corrida, e tendo arrecadado o PGA, o DGA e o SAG. Assim, o filme sobre o monarca britânico coloca-se em ligeira vantagem face aos seus concorrentes. É uma questão de esperar para ver.


The big picture. Last week I would say that 2010's Best Picture winner already had its name engraved in stone - that would be Fincher's movie. However, and due to the fact that The Kings Speech has been raping these last awards ceremonies (and the «best» ones! PGA, DGA, SAG), gaining huge momentum for the final stretch of this race, now, I'm kinda leaning towards a Best Picture winner about a stutterer British monarch. Guess we'll have to wait and see.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O que tenho visto ultimamente.

Tempo de fazer um update a este blog. Nada melhor que deixar umas notas soltas sobre os últimos filmes que vi. Aqui vão elas!

Time to update this blog. Nothing better than leave you with some loose notes on the last films I watched. Here it goes!


Tron Legacy (2010, Kosinski)

É um filme divertido, extremamente até. A rede está muito bem desenhada e o mundo nela imerso enche o olho - excusado será dizer que os efeitos visuais estão fantásticos [o jogo da corrida é awesome!], e tendo sido hoje dia de nomeações para os Óscares apenas digo: Dear Academy. WHAT'S THE MATTER WITH YOU? NO NOMINATION FOR BEST ACHIEVEMENT IN VISUAL EFFECTS FOR TRON? SHAME. Best regards, Nuno. Honestamente, em cinco lugares não arranjaram um espaço para o Tron? Anyway, continuando... e o que dizer da banda sonora composta pelos Daft Punk? Assenta o filme que nem um luva, excelente! E tendo sido hoje dia de nomeações para os Óscares, acrescento ainda: Dear Academy Part II. WHAT'S THE MATTER WITH YOU? NO NOMINATION FOR BEST ORIGINAL SCORE FOR TRON? SHAME. Best regards, Nuno. Enfim.

It's a fun movie. An extremely fun one, actually. The grid is extremely well design and the world represented within it is a visual delight - needless to say that Tron's visual effects are outstanding [the race game is awesome!]. Knowing by fact that today the Academy Awards nominations were revealed, I want to say something: Dear Academy. WHAT'S THE MATTER WITH YOU? NO NOMINATION FOR BEST ACHIEVEMENT IN VISUAL EFFECTS FOR TRON? SHAME. Best regards, Nuno. Seriously, in five slots they don't manage to find room for Tron? Anyway, and moving on... and what is to say about Daft Punk's score? It fits the film like a glove, excellent! And since today was Oscars nominations day, I would also like to add: Dear Academy Part II. WHAT'S THE MATTER WITH YOU? NO NOMINATION FOR BEST ORIGINAL SCORE FOR TRON? SHAME. Best regards, Nuno. Oh, well.



Kill Bill (2003-04, Tarantino)

Considerando os dois filmes como um só, Kill Bill é de longe o meu filme preferido do senhor Tarantino. É infinitamente rewatchable, o seu argumento é aguçadamente perspicaz, a montagem do primeiro volume é sublime, tem uma banda sonora fantástica e está recheado de personagens ... icónicas, atrevo-me a dizer. E poderia continuar aqui por muito mais tempo. Resta-me ainda referir que a cena "The Bride vs. Elle Driver" é das melhores da passada década. Tenho dito.

Taking into account both films as one single piece, Kill Bill is by far my favorite thing with Tarantino's stamp. It's endlessly rewatchable, it has a fresh, witty and edgy script, the first volume's editing is sublime, it has a kick-ass score and it's filled with ... iconic characters, dare I say it. I could go on forever, really, but let me just mention that "The Bride vs. Elle Driver" scene was one of the best last decade had to offer.



Martyrs (2008, Laugier)

É provavelmente o filme de terror mais brutal (no verdadeiro sentido da palavra) que já vi, o que é dizer muito, tendo em conta que é um filme francês - país esse especialista em esticar os limites do género de Terror com cada novo filme. Excepto o La Horde. Esse filme sucked. Apesar de ter uma premissa interessante a sua execução é horrível, o que me faz pensar "porque é que este filme viu a luz do dia?". Retomando o filme de Pascal Laugier: Apesar de ser extremamente provocador em todo o seu conceito, diria que também tem substância. O facto de ser ancorado por uma interpretação magistral de Morjana Alaoui torna-o memorável. A última meia-hora é simplesmente difícil de se ver. Deprimente.

It's probably the most brutal and visceral horror movie I've ever saw which is saying a lot, taking into account the fact that this film belongs to the New Wave of French Horror lineage - Those French guys are specialists in producing horror movies and they push this genre's boundaries with every new release - well, except for La Horde. That movie sucked. Even though it has an interesting premise, it is so botched up in its execution that it only leaves me thinking "why did this film got released?". Anyway, and sticking to Pascal Laugier's film: Even though it is an extremely provocative film in its whole concept, I would also say that Martyrs has substance. The fact that it is anchored by an exceptional performance by Morjana Alaoui makes it unforgettable. This movie's last final hour is an extremely hard task to endure. Depressing stuff.



Scott Pilgrim vs. The World (Wright, 2010)

Conseguem ler a tagline? "An epic of epic epicness"? Conseguem? Ainda bem, pois concordo inteiramente com ela, e mais não precisa de ser dito!

Can you read the tagline? "An epic of epic epicness"? Can you? Well, good. Because I agree entirely with it and nothing more needs to be said.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Might very well be the greatest movie of 2010:




RUBBER [2010] - Um filme sobre um pneu assassino! Deve ser épico - no verdadeiro sentido da palavra! Tenho de ver isto! Ahahah
RUBBER [2010] - A movie about a psycho tire! It should be epic - in the true sense of the word! I must watch this! Ahahah

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Golden Globes Winners!


E a noite de ontem foi a noite dos Globos de Ouro. A HFPA fez as suas escolhas e parecem estar em consonância com o que se tem assistido ao longo do circuito dos prémios este ano. Antes mesmo das nomeações para os Óscares serem anunciadas, parece que já temos 6 dos grandes vencedores definidos.

The Golden Globes were handed last night, and HFPA's choices are in tune with what has been seen throughout this year's awards circuit. Even though the Oscar nominations haven't been announced yet, I believe we already have 6 of the big winners locked up.

Melhor Filme - Drama: The Social Network *
Melhor Filme - Comédia: The Kids Are All Right
Melhor Realizador: David Fincher - The Social Network *
Melhor Actor - Drama: Colin Firth - The King's Speech *
Melhor Actriz - Drama: Natalie Portman - Black Swan *
Melhor Actor - Comédia: Paul Giamatti - Barney's Vision
Melhor Actriz - Comédia: Annette Bening - The Kids Are All Right
Melhor Actor Secundário: Christian Bale - The Fighter *
Melhor Actriz Secundária: Melissa Leo - The Fighter *

(* - significa a minha aposta para o Óscar)
(* - denotes my bet for the Oscars)

A obra sobre a criação/controvérsia/fenómeno do Facebook de David Fincher continua a limpar tudo o que é cerimónias, mantendo o seu estatuto de juggernaut, e está mais que certo que na noite dos Óscares levará para casa tanto a estatueta de Melhor Filme como a de Melhor Realizador (e também a de Melhor Argumento Adaptado). 
David Fincher's lauded work about the creation/controversy/phenomenon of Facebook is still sweeping the awards season, keeping up its juggernaut status. The Social Network getting the statues for Best Picture, Director (and Adapted Screenplay, as well) is more than set in stone, by now.

Nas categorias de interpretações também não houve grandes surpresas. A consistência manteve-se, mais uma vez, e Firth, Portman, Bale e Leo juntam mais um prémio este ano pelas suas aclamadas interpretações. A Annette Bening surge como a principal concorrente de Natalie Portman, num longínquo e distante segundo lugar. A menção para Paul Giamatti será o seu prémio de consolação este ano.
In the acting departments, there wasn't any room for surprises either. Firth, Portman, Bale and Leo keep adding up awards to their mantles for their acclaimed performances. Annette Bening comes up as Natalie Portman's biggest threat, but her buzz isn't even strong enough to make her a potential menace, so it's actually Portman's to loose. Paul Giamatti's mention will be his "Good for you!" award of the year.

Creio que o cenário que aqui se vê, repetir-se-á num vasto número de cerimónias que estejam para acontecer. Devo dizer que ainda só vi o The Social Network e o The Kids Are All Right dos filmes aqui listados, e enquanto acho o primeiro um filme bastante bom, o segundo já não me diz absolutamente nada - pelo que espero que não leve mais nada para casa daqui em diante. Can't wait to see the others, though.
I believe the scenario portrayed here, will repeat itself in the vast array of shows that are bound to come. I must say that I only saw The Social Network and The Kids Are All Right of the mentioned movies, and while I think the former is a pretty good movie, the latter doesn't mean a single thing to me - I do hope that it doesn't take anything else home from now onwards. Can't wait to see the others, though.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Looking Back At 2002.

#10
Phone Booth
Dir. Joel Schumacher

#9
The Hours
Dir. Stephen Daldry

#8
Road to Perdition
Dir. Sam Mendes

#7
Ying Xiong [Hero]
Dir. Yimou Zhang

#6
28 Days Later...
Dir. Danny Boyle

#5
Chicago
Dir.Rob Marshall

#4
Gangs of New York
Dir. Martin Scorsese

#3
About a Boy
Dirs. Cris and Paul Weitz

#2
The Pianist
Dir.Roman Polanski

#1
The Bourne Identity
Dir. Doug Liman

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

E o #1 é... Taxi Driver (1976, Scorsese)


“São dois pequenos minutos, belíssimos e hipnóticos. Uma cortina de fumo alaranjada camufla a noctura divagação nova-iorquina, sob um som pesado e autoritário, até estarmos olhos nos olhos com um apático Travis Bickle. Escorrer uma suave música jazzy e nightclubish, que começa por se fazer acompanhar por um vidro molhado, e já nos sentimos a andar num veículo melancólico, a uma velocidade simplesmente necessária, deambulante. Já o ambiente soturno está criado quando conseguimos, finalmente, ver a paisagem que discorre para lá dos vidros do táxi, que circula pelas eternas estradas da cidade que nunca dorme - lá fora, tudo é pastoso, sonolento e misterioso, pela beleza das imensas luzes e cores que se escondem no negro da madrugada. E é isto o filme. Uma desgraçada, deprimida e psicoticamente reprimida caminhada pela procura de uma identidade pessoal.”

DiogoF.

Eis que chegamos ao meu filme preferido. Taxi Driver, a obra-prima de um dos grandes cineastas de todos os tempos. Agradeço ao Diogo pela permissão que me deu para utilizar as suas palavras para o texto introdutório. Creio que captam perfeitamente o tom do próprio filme, e eu não conseguiria arranjar melhores palavras para descrever aquela que é uma das minhas cenas preferidas.


God’s lonely man.

Nova Iorque pelos olhos de Martin Scorsese. Uma cidade que tão bem conhece. Scorsese expõe, aqui, a decadência urbana que assola as ruas da Grande Maçã. Someday a real rain will come and wash all this scum off the streets. Enojado pelo moralismo contaminado ao qual é obrigado a assistir todas as noites, enquanto conduz o seu taxi pelas feias ruas de Nova Iorque, Travis Bickle (Robert De Niro) anseia por uma mudança radical no ambiente que o rodeia. Deposita alguma fé no candidato a mayor Charles Palantine, chegando-lhe a transmitir o seu parecer sobre a cidade numa das suas viagens. Travis Bickle. God’s lonely man. É o encontro com uma jovem prostituta (Jodie Foster) que em última instância o faz aperceber o que efectivamente tem de fazer.


My life has taken another turn again. The days can go on with regularity over and over, one day indistinguishable from the next. A long continuous chain. Then suddenly, there is a change.

A mestria de Martin Scorsese é simplesmente impecável. Injectando um profundo nível de detalhe, conhecendo intrinsecamente a solidão e a alienação que Travis sente, Scorsese obtém aqui um verdadeiro diamante. O poderoso argumento assinado por Paul Schrader é subtilmente explosivo. Todo o processo de transformação de Travis Bickle é esculturalmente delineado, tornando Taxi Driver numa verdadeira viagem às profundezas da instabilidade mental humana.

O lendário compositor Bernard Herrmann deu-nos, também, uma banda sonora magnifíca. A suavidade da mesma é um excelente contra-ponto à brutalidade do ambiente no qual Travis se submerge.


Jodie Foster, com apenas 12 anos, demonstra desde cedo o enorme talento nela imbuído. Apesar de estar a interpretar o papel de uma prostituta, a sua naturalidade diante as cameras é impressionante. Mas a verdadeira estrela do filme é o senhor De Niro. Icónico, lendário, magistral, tremendo, fenomenal. Não chegam todos os adjectivos laudatórios do mundo para descrever a verdadeira encarnação de Travis por parte de Robert De Niro. Cada cena é interpretada com tamanho realismo, enorme técnica, com um enorme conhecimento daquilo que a personagem tem de sentir e pensar. O papel assenta De Niro que nem uma luva, e dificilmente conseguiria imaginar outro actor no papel do taxista mais icónico da história do cinema.


Brilhante.
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