sábado, 21 de maio de 2011

Stuff.

Apesar de estes últimos tempos se caracterizarem por uma maior impaciência pela estreira do próximo filme de Malick – The Tree of Life -, pela mais recente sequela dos Piratas das Caraíbas ter estreado, ou por Lars Von Trier ter sido declarado como persona non grata devido aos seus comentários infelizes nesta edição do Festival de Cannes, não vos vou falar destas ocorrências.

Para isso, deixo-vos com os últimos filmes que vi.

The Midnight Meat Train


Yeah, um daqueles filmes com uma premissa relativamente interessante, com uma execução consistente e, também ela, interessante durante os dois primeiros terços do filme, e depois se espalha ao comprido na recta final do filme. Muito resumindo, Bradley Cooper interpreta um fotógrafo que pretende captar a verdadeira essência da cidade de Nova Iorque, o seu coração. Vinnie Jones faz de misterioso assassino que captura as suas vítimas no metro de Nova Iorque.

Durante a maior parte do filme, todo o mood está bem captado, o que se reflecte numa fotografia bastante lúgubre. Contudo, acontecimentos verdadeiramente desastrosos no argumento fazem este filme mudar completamente o seu tom no acto final, mesmo no sentido de “Meh. Já estou farto deste filme, vamos acabá-lo o mais rapidamente possível e mete para aí qualquer coisa que fica feito. Se faz sentido? Não, mas no final do dia, isso não importa para nada".

Enfim, um filme com potencial que é arruinado pelo triste acto final. O mesmo se passou com o The Mist - um filme que cai na mediocridade por causa de um final completamente desadequado.

Manhattan

Infelizmente, e à medida que vou progredindo na filmografia do senhor Woody Allen, mais me convenço de que vou detestar os filmes nos quais ele é protagonista. Aconteceu com o Annie Hall, aconteceu com o Scoop. Aconteceu com o Manhattan.

Woody Allen, por melhor escritor que seja, não consegue suscitar-me qualquer sentimento positivo enquanto está diante da câmara. Consegue antes irritar-me profundamente.

Outro aspecto que me fez ponderar acerca da qualidade deste filme é o próprio género em que se insere: É um drama? É que como tal, não me disse absolutamente nada. Uma comédia? Outra vez, não me ri uma única vez.

Oh well, Woody Allen não é definitivamente para mim.

3 comentários:

  1. Identifico-me plenamente com o que dizes em relação a Woody Allen e em particular com este Manhattan. Também não gosto especialmente da sua comédia ou do seu drama, não lhe vejo grandes qualidades na realização, no manuseamento da câmara e nos planos, nem tão pouco harmonia com a banda sonora por exemplo. Os argumentos esses sim são meticulosos e interessantes, reconheço mas aí também e infelizmente não me identifico.

    Apesar de tudo prefiro este ao Annie Hall (vejo ainda que a espaços alguma genialidade, sobretudo na fotografia a preto a branco). Falaste no Scoop e esse ainda assim está num nível mais elevado (para efeitos de gosto pessoal), sendo que o topo do realizador para mim estará no Match Point e Cassandra's Dream.

    O The Midnight Meat Train nunca vi.

    abraço

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  2. Ainda não tive oportunidade de ver o "The Midnight Meat Train", mas agora deixaste-me com um enorme curiosidade, a ver se o vejo o mais rapidamente possível.

    Sarah
    http://depoisdocinema.blogspot.com

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  3. Jorge - É bom saber que não estou sozinho neste lado de "não-adoração-total-de-Woody-Allen" ahaha. Acho que dos que já vi dele, o Match Point é capaz de ser o meu preferido, e aí sim, diria que é um bom filme no seu todo. :)

    A não ser que gostes de filmes de terror, digo-te que não perdes nada em não ver o Midnight Meat Train.

    Sarah - Eheh. Apenas te desejo que - ao menos - o desfrutes dele muito mais que eu! :P

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