domingo, 28 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #07. Django Unchained (Tarantino)


Quentin Tarantino mergulha na América sulista e debruça-se sobre o tópico da escravidão. Os filmes assinados por Tarantino são sempre eventos amplamente aguardados, e desta vez, o realizador brindou-nos, novamente, com o que já nos tem vindo a habituar: um argumento excepcional e memoráveis personagens.

As suas quase 3 horas de duração mal se sentem, em grande parte, devido à forte interpretação de Leonardo DiCaprio, no papel de vilão, e à mais que carismática presença de Christoph Waltz como Dr. King Schultz. E de tão explosivas serem estas personagens, admito que o filme perde muita força no momento em que estes deixam de aparecer no ecrã. 

Não obstante do final que desilude ligeiramente por não manter a pujança que o antecede, Django Unchained é tecnicamente bem executado e a sua banda sonora assenta que nem uma luva. Estes elementos, para além dos dois pontos mencionados no 1º parágrafo, são o suficiente para que Django esteja representado nesta listagem.

P.S. – Apesar de achar que Django Unchained está longe de ser uma das grandes obras de Tarantino, a cena dos sacos é bem capaz de ser a cena mais hilariante que o senhor já escreveu. Loved it.

sábado, 20 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #08. The Avengers (Whedon)



Ocupando a oitava entrada nesta contagem está o mega-blockbuster de 2012, The Avengers.

E porquê? Pelo seu fantástico valor de entretenimento. It’s good fun, and awesome at that. Com um ritmo rápido, com as cenas de acção bem coreografadas e pelos seus muito bons efeitos especiais, a reunião dos super-heróis do universo Marvel destacou-se no Verão de 2012 da sua concorrência, não só pelos pontos já mencionados, mas também por se assumir de uma forma despretensiosa. É um filme com um propósito claro, e cumpre-o eficazmente. Juntando um pouco de humor aqui e ali, The Avengers deverá constituir a referência do panorama dos blockbusters do ano passado (este título bem poderia caber a The Dark Knight Rises, não fossem aqueles desastrosos últimos 15 minutos que prejudicaram o filme no seu todo, para não chegar ao ponto de dizer que mancharam toda a trilogia).

segunda-feira, 8 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #09. Safety Not Guaranteed (Trevorrow)


“Wanted: Somebody to go back in time with me. This is not a joke. You'll get paid after we get back. Must bring your own weapons. I have only done this once before. Safety not guaranteed” lia-se num anúncio de jornal e que suscitou a atenção de uma revista de Seattle para conduzir uma pequena investigação sobre o mesmo.

Safety Not Guaranteed combina a comédia e o drama de uma maneira bastante effortless, focando-se simplesmente em contar uma boa e original história, sem se debruçar em muitos artifícios. E deve ser por isso que o filme resulta tão bem. Nota-se que todos os elementos se conjugam para simplesmente contar uma história. A realização é algo subtil, o elenco (um shout out para a interpretação da Aubrey Plaza, que parece ter nascido para interpretar este tipo de humor seco) atua todo em conformidade e interrelacionam-se com bastante naturalidade, colocando sempre a narrativa em primeiro lugar. É refrescante, em filmes, reparar neste tipo de colaboração, desprovida de grandes egos, em prol do produto final.
A banda sonora também se adequa à natureza do filme.

No fim de contas, Safety Not Guaranteed foi para mim, uma das mais agradáveis surpresas, não só do passado ano, mas dos últimos tempos também. Longe de ser uma obra-prima, é um filme que conquista pelo seu charme e pela sua sinceridade. Well done.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #10. Amour (Haneke, 2012)


À (quase) semelhança do que fiz o ano passado, chegou a altura de elencar o que mais me agradou de 2012. Em vez de estar a percorrer algumas categorias, deixarei apenas os 10 filmes que mais se distinguiram dos (poucos, sucks) outros que vi de 2012. Esta listagem irá ser o programa dos próximos posts, até chegarmos ao #1. Os filmes que aqui entram apenas obedecem ao critério de terem sido lançados, nos respetivos países de origem, no ano de 2012. Preciosidades à parte, deixo-vos com a primeira entrada:


Amour, de Michael Haneke – Palme d’Or no Festival de Cannes e um dos nomeados ao Oscar de Melhor Filme –, ocupa a décima posição. Com duas tremendas interpretações a cargo de Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, o distante e frio olhar do realizador retrata uma pesada terceira idade, angustiosa e penosa no seu culminar.
De uma impressionante densidade e com uma ampla carga reflexiva, como Haneke já nos tem vindo a habituar, Amour mantém uma aura incómoda de que algo sofrível irá acontecer, tornando a experiência de o ver tanto desconfortável, como intrigante. Contudo, parte do impacto perde-se quando o início do filme é marcado pela revelação do desfecho (I absolutely hate when that happens!). É, provavelmente, o mais acessível filme que do realizador até à data. E a Rita Blanco entra no filme! Yay!
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