sábado, 22 de junho de 2013

As minhas escolhas 2012: E chegamos ao #01.

Antes de partirmos para a revelação daquele que considero ter sido o melhor filme que vi do ano passado, aproveito para deixar umas pequenas palavras sobre o ano. Por meio de filmes interessantes, e por entre filmes menos interessantes, tenho para mim que tirando uns quantos exercícios, 2012 será um ano que facilmente será olvidado. Olho para outros anos e – em boa parte deles – consigo identificar filmes mais arrojados, completos e satisfatórios. Basta até olhar para o presente ano... se fosse a considerar os 3 filmes que já vi deste ano nesta lista, um deles colocar-se-ia num tão distante primeiro lugar that it’s not even funny.

Adiante, com um pequeno recap do que por aqui já passou.


E agora, sem mais demoras, o número um de 2012: The Impossible. Podem ler aqui o que escrevi sobre ele na altura que o vi. As ideias mantém-se as mesmas.



"É fortemente emocional, ainda que tenha a ocasional cena em que a intelectualidade (forçada) venha um pouco mais à tona. Contudo, estas poucos momentos não põem em causa a experiência que o filme pretende transmitir, dado que The Impossible se alimenta, em primeira instância, da agonia, desespero e falta de rumo das suas personagens, e em segunda instância, dos laços que as unem."

terça-feira, 11 de junho de 2013

As minhas escolhas 2012 - #02. Zero Dark Thirty (Bigelow)


Aproximamo-nos do número um, e o filme que ocupa a segunda posição desta contagem é o sucessor do multi-premiado The Hurt Locker, de Kathryn Bigelow: Zero Dark Thirty.

Focando-se na maior e mais mediática caça ao homem levada a cabo pelos EUA, Zero Dark Thirty deu que falar no ano volvido, levantando questões sobre o rigor dos eventos que nele são retratados e (re)acendendo discussões sobre tortura. Debruça-se, também, sobre a fina linha que separa a preseverança da obsessão, distanciando-se emocionalmente da história que retrata.

A mais que habilidosa mão de Kathryn Bigelow serve perfeitamente o filme e não permite que o foco da história se extenda para outros assuntos que não o da captura de Osama Bin Laden. Não é dada qualquer margem para explorar o background das suas personagens, apenas para fazer desenrolar os acontecimentos. É uma realização distante, altamente controlada e eficaz, o que aliada a um argumento firme, torna possível encontrar em Zero Dark Thirty momentos de tensão do mais alto nível. 

A comandar o ecrã desde a sua primeira cena está Jessica Chastain, numa interpretação nada menos que explosiva. Incansável, destemida e corajosa, Maya está determinada a encontrar Bin Laden e nada a fará parar até que suceda na sua missão. Em Zero Dark thirty, Chastain retrata todas essas características com uma impressionante força e com um magnetismo imensurável. A meteórica ascensão de Jessica Chastain em Hollywood está mais que justificada.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

As minhas escolhas 2012 - #03. Life of Pi (Lee)


Foi um dos grandes vencedores da passada cerimónia dos Óscares, arrecadando quatro estatuetas, estando a de Melhor Realizador e a de Melhor fotografia entre elas.

Life of Pi foi para mim uma das grandes surpresas do ano. Não colocando em causa a tamanha habilidade dos artesões que estiveram por detrás de toda a produção, mas a sinopse do filme, e até mesmo o trailer (que apesar de encher o olho), não tinham captado de forma alguma o meu interesse. “Um rapaz e um tigre num barco durante duas horas? Yeah... I’m gonna go ahead and watch something else”. O passa-a-palavra do filme foi, no entanto, constantemente bom. Lá dei o braço a torcer e vi o filme.

Um início descontraído e bem-humorado (Piscine Molitor, ri-me), Life of Pi, debruça-se sobre o laço que Pi (do anteriormente mencionado Piscine) estabelece com um Tigre – chamado Richard Parker! How awesome is that? –, num bote salva-vidas, após um naufrágio. E é uma relação que se extende para mais do que a mera questão da sobrevivência. Com uma abordagem narrativa muito ligada à espiritualidade, Ang Lee leva o livro de Yann Martel ao grande écrã com uma enorme destreza artística.

Por entre algumas das mais espectaculares imagens que 2012 teve para oferecer, em Life of Pi existe uma história que é contada com um enorme tacto (ainda que recaia no velho âmbito do “triunfo sobre a adversidade” ... hm. Creio que é um tema que será recorrente aqui nesta lista) e um uso soberbo do CGI, que deverá constituir uma referência no estado da arte das técnicas de animação atuais. No final de contas, é um exercício singular, elegante e imensuravelmente belo.

domingo, 2 de junho de 2013

As minhas escolhas 2012 - #04. Holy Motors (Carax)


O número quatro desta contagem já não é nenhum estranho a este blog.

Depois de revisitado, creio que será um filme que irá ter uma evolução semelhante à que tive com filmes como Mulholland Drive ou Lost in Translation: Filmes que numa primeira instância não me disseram muito e que valeram pela experiência de os ter visto, mas à medida que os vou revisitanto, são filmes cujos pequenos detalhes tornam-nos amplamente fascinantes. É o caso de Holy Motors.

Vejam aqui o que escrevi sobre ele quando o vi pela primeira vez.

terça-feira, 28 de maio de 2013

As minhas escolhas 2012 - #05. Seven Psychopaths (McDonagh)


As expectativas que tinha para o sucessor de In Bruges (a seu jeito, é um filme refrescante e peculiar) eram algo elevadas, e apesar de não terem sido exactamente cumpridas, Seven Psychopaths mantém a irreverência que McDonagh havia demonstrado no seu primeiro filme e marca, assim, a primeira entrada do meu Top 5 de 2012. 

Com nomes como Colin Farrell, Sam Rockwell (standout), Christopher Walken e Woody Harrelson a comporem o elenco, Seven Psychopaths não se inibe e ostenta orgulhosamente a loucura da estória que retrata. É, também, (inesperadamente) violento. O argumento recorre a um humor negro que bem poderia ter a assinatura de Quentin Tarantino. Agora que penso nisto, creio que ainda posso dizer que faz lembrar (ainda que em menor escala) algo que os irmãos Coen pudessem ter vindo a abraçar. 

À semelhança de Rust and Bone, o filme dos sete psicopatas tem vindo a ganhar peso na consideração que tenho por ele. Tem, sem grandes dificuldades, uma das minhas cenas preferidas do ano passado: A encenação do final alternativo proposto por Sam Rockwell para o filme que o Colin Farrell tem dificuldade em escrever. Palavras não descrevem o quão awesome essa cena é. 

Continuo muito curioso para ver o que é que Martin McDonagh irá trazer no futuro.

terça-feira, 14 de maio de 2013

As minhas escolhas 2012 - #06. De Rouille et d'Os [Rust and Bone] (Audiard)



A um pequeno passo do Top 5, coloco o De Rouille et d'Os. É um filme pelo qual a minha apreciação vai aumentando à medida que mais penso nele e que o tempo vai passando. Talvez isso se deva às cruas e fortes interpretações de Matthias Schoenaerts e de Marion Cotillard. Talvez isso aconteça pela densa e pesada carga emocional que o argumento porta. Ou talvez pelo facto de a subtil banda sonora não exagerar em nada os momentos dramáticos, dando-lhes apenas o toque necessário para que se torne memorável. Poderá ser ainda por causa da fotografia sublime e da sólida realização. Que esta apreciação se mantenha e que continue a aumentar.

domingo, 28 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #07. Django Unchained (Tarantino)


Quentin Tarantino mergulha na América sulista e debruça-se sobre o tópico da escravidão. Os filmes assinados por Tarantino são sempre eventos amplamente aguardados, e desta vez, o realizador brindou-nos, novamente, com o que já nos tem vindo a habituar: um argumento excepcional e memoráveis personagens.

As suas quase 3 horas de duração mal se sentem, em grande parte, devido à forte interpretação de Leonardo DiCaprio, no papel de vilão, e à mais que carismática presença de Christoph Waltz como Dr. King Schultz. E de tão explosivas serem estas personagens, admito que o filme perde muita força no momento em que estes deixam de aparecer no ecrã. 

Não obstante do final que desilude ligeiramente por não manter a pujança que o antecede, Django Unchained é tecnicamente bem executado e a sua banda sonora assenta que nem uma luva. Estes elementos, para além dos dois pontos mencionados no 1º parágrafo, são o suficiente para que Django esteja representado nesta listagem.

P.S. – Apesar de achar que Django Unchained está longe de ser uma das grandes obras de Tarantino, a cena dos sacos é bem capaz de ser a cena mais hilariante que o senhor já escreveu. Loved it.

sábado, 20 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #08. The Avengers (Whedon)



Ocupando a oitava entrada nesta contagem está o mega-blockbuster de 2012, The Avengers.

E porquê? Pelo seu fantástico valor de entretenimento. It’s good fun, and awesome at that. Com um ritmo rápido, com as cenas de acção bem coreografadas e pelos seus muito bons efeitos especiais, a reunião dos super-heróis do universo Marvel destacou-se no Verão de 2012 da sua concorrência, não só pelos pontos já mencionados, mas também por se assumir de uma forma despretensiosa. É um filme com um propósito claro, e cumpre-o eficazmente. Juntando um pouco de humor aqui e ali, The Avengers deverá constituir a referência do panorama dos blockbusters do ano passado (este título bem poderia caber a The Dark Knight Rises, não fossem aqueles desastrosos últimos 15 minutos que prejudicaram o filme no seu todo, para não chegar ao ponto de dizer que mancharam toda a trilogia).

segunda-feira, 8 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #09. Safety Not Guaranteed (Trevorrow)


“Wanted: Somebody to go back in time with me. This is not a joke. You'll get paid after we get back. Must bring your own weapons. I have only done this once before. Safety not guaranteed” lia-se num anúncio de jornal e que suscitou a atenção de uma revista de Seattle para conduzir uma pequena investigação sobre o mesmo.

Safety Not Guaranteed combina a comédia e o drama de uma maneira bastante effortless, focando-se simplesmente em contar uma boa e original história, sem se debruçar em muitos artifícios. E deve ser por isso que o filme resulta tão bem. Nota-se que todos os elementos se conjugam para simplesmente contar uma história. A realização é algo subtil, o elenco (um shout out para a interpretação da Aubrey Plaza, que parece ter nascido para interpretar este tipo de humor seco) atua todo em conformidade e interrelacionam-se com bastante naturalidade, colocando sempre a narrativa em primeiro lugar. É refrescante, em filmes, reparar neste tipo de colaboração, desprovida de grandes egos, em prol do produto final.
A banda sonora também se adequa à natureza do filme.

No fim de contas, Safety Not Guaranteed foi para mim, uma das mais agradáveis surpresas, não só do passado ano, mas dos últimos tempos também. Longe de ser uma obra-prima, é um filme que conquista pelo seu charme e pela sua sinceridade. Well done.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

As minhas escolhas 2012 - #10. Amour (Haneke, 2012)


À (quase) semelhança do que fiz o ano passado, chegou a altura de elencar o que mais me agradou de 2012. Em vez de estar a percorrer algumas categorias, deixarei apenas os 10 filmes que mais se distinguiram dos (poucos, sucks) outros que vi de 2012. Esta listagem irá ser o programa dos próximos posts, até chegarmos ao #1. Os filmes que aqui entram apenas obedecem ao critério de terem sido lançados, nos respetivos países de origem, no ano de 2012. Preciosidades à parte, deixo-vos com a primeira entrada:


Amour, de Michael Haneke – Palme d’Or no Festival de Cannes e um dos nomeados ao Oscar de Melhor Filme –, ocupa a décima posição. Com duas tremendas interpretações a cargo de Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, o distante e frio olhar do realizador retrata uma pesada terceira idade, angustiosa e penosa no seu culminar.
De uma impressionante densidade e com uma ampla carga reflexiva, como Haneke já nos tem vindo a habituar, Amour mantém uma aura incómoda de que algo sofrível irá acontecer, tornando a experiência de o ver tanto desconfortável, como intrigante. Contudo, parte do impacto perde-se quando o início do filme é marcado pela revelação do desfecho (I absolutely hate when that happens!). É, provavelmente, o mais acessível filme que do realizador até à data. E a Rita Blanco entra no filme! Yay!

domingo, 3 de março de 2013

Damages


A jovem hotshot Ellen Parsons (Rose Byrne) tem uma forte ambição e uma determinante força de vontade em marcar o universo legal com o seu nome. Patty Hewes (Glenn Close) é uma das mais proeminentes e temidas figuras do mundo da Advocacia e acolhe Ellen como a sua protégée. Com casos de alta exposição mediática, Ellen vê em Patty uma oportunidade brutal para alcançar o seu sonho, e Patty vê nos conhecimentos que Ellen tem uma mais valia para vencer o seu caso. Contudo, em Damages nada é o que aparenta ser.

“I was warned” – Ellen Parsons

Aspirações, ilusões, decepções, traições e conspirações constituem a norma em Damages. A fórmula de Damages assenta numa narrativa fragmentada, em que os eventos passados, presentes e futuros se misturam para aumentar os sentimentos de confusão e de desconfiança que assolam cada episódio da série. 

Apesar de ser algo inconstante (as temporadas 1, 4 e 5 são bem mais interessantes que as temporadas 2 e 3), Damages é bem executado através da forte caracterização das suas personagens, do rápido ritmo com o qual a acção se desenrola, de um argumento repleto de trama, intriga e twists, e das ilustres interpretações de Close e Byrne (ao longo das cinco temporadas), bem como de jogadores secundários como Ivanek (T1), Tomlin (T3) ou Baker (T4).

Na última temporada, que evoca Julian Assange e o caso WikiLeaks, assistimos a um contínuo confronto entre Parsons e Hewes. Diria mesmo que assistimos ao derradeiro confronto, dado que a série evolui nesse sentido: no sentido de colocar as suas duas personagens centrais em conflito direto, sem bullshits, com o objetivo último de ver quem ganha o julgamento. E ao longo da quinta temporada, a questão fica sempre a pairar no ar. Quem sairá vencedora no confronto Hewes vs. Parsons? Será que a pupila ultrapassa a Mestre? Contudo e depois de algumas viragens no argumento, o final de Damages apresenta-se como algo anti-climático. Não obstante, o percurso explosivo percorrido, até lá, é (e será) recordado como um estrondoso BANG.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Looking Back At 1990

#5
Edward Scissorhands
Dir. Tim Burton

#4
Misery
Dir. Rob Reiner

#3
Miller's Crossing
Dirs. Joel and Ethan Coen

#2
Wild At Heart
Dir. David Lynch

#1
Goodfellas
Dir. Martin Scorsese

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

The Impossible (2012, Bayona)


Em 2004, um dos maiores e mais significativos terramotos alguma vez registados teve o seu epicentro no sudeste asiático. Seguido de um massivo tsunami, a memória desse Natal, para inúmeras famílias, fica marcada pela dor e fragmentada pelos destroços da enorme catástrofe. The Impossible relata a experiência de uma família (Naomi Watts, Ewan McGregor e Tom Holland assumem, brilhantemente, os papeis centrais) que se viu envolvida no meio de todo aquele caos.

Cinco anos após o surpreendente El Orfanato, Juan Antonio Bayona volta à carga e transporta para o grande écrã os eventos acima mencionados e, com The Impossible, cria um afectante, poderoso e tocante filme. Recorrendo a um irrepreensível uso da sonoplastia, a segunda longa metragem de Bayona causa arrepios em diversos momentos e, nesse campo, a chegada – ou até mesmo os breves instantes antecedentes – da monstruosa onda figura-se como uma das cenas mais tensas do ano.

Nas suas interpretações, Ewan McGregor (a chamada telefónica é dolorosa de ser ver) e Naomi Watts (só de lembrar a simples imagem dela a agachar-se para se proteger do iminente choque é razão para sentir aquele frio arrepio) mantêm o alto calibre com que nos têm vindo a brindar ao longo das suas ilustres carreiras, conferindo uma grande empatia às suas personagens. Tom Holland é revelatório e, caso decida prosseguir com a carreira de actor, poderá vir a ser uma das futuras estrelas de Hollywood.

É fortemente emocional, ainda que tenha a ocasional cena em que a intelectualidade (forçada) venha um pouco mais à tona. Contudo, estas poucos momentos não põem em causa a experiência que o filme pretende transmitir, dado que The Impossible se alimenta, em primeira instância, da agonia, desespero e falta de rumo das suas personagens, e em segunda instância, dos laços que as unem.


9/10.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Nomeações aos Oscars


Já são conhecidos os nomeados para a 85ª edição dos Oscars. São nove os filmes na corrida para Melhor Filme, sendo que Lincoln – de Steven Spielberg – lidera o grupo na contagem de nomeações garantidas, com 12. The Life of Pi surge num segundo lugar com as suas 11 nomeações, e empatados no terceiro lugar temos Silver Linings Playbook e Les Misérables com 8 nomeações cada. Terá Zero Dark Thirty, um dos front-runners da época, perdido o fôlego perto da recta final? Certo que é candidato a uma pequena estatueta dourada em 5 categorias, mas vendo a ausência da sua realizadora, Kathryn Bigelow, no lote dos Melhores Realizadores faz-me pensar se o filme é/foi assim tão acarinhado pela academia...

A categoria de Melhor Realizador foi aquela que mais surpreendeu, tendo em conta que Michael Haneke (por Amour) e Benh Zeitlin (por Beasts of the Southern Wild) surgem do nada - especialmente este último -, deixando de fora pesados favoritos como a já mencionada Kathryn Bigelow, Ben Affleck (por Argo) e Quentin Tarantino (por Django Unchained).

Silver Linings Playbook marca presença nas categorias de Melhor Actor (Cooper), Actriz (Lawrence), Actor Secundário (De Niro) e Actriz Secundária (Weaver), e é o primeiro filme a conseguir alcançar este feito desde Reds, em 1981. 

Os vencedores serão anunciados no próximo dia 24 de Fevereiro.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sen To Chihiro no Kamikakuchi [Spirited Away] (2001, Miyazaki)


Irreverente. Extremamente criativo e genial. Estas são apenas algumas palavras para descrever o fantástico universo criado por Miyazaki. Também é um forte testemunho de toda a potencialidade que a Animação pode trazer à grande tela. Se Alfred Hitchcock está como Mestre para o Thriller/Suspense, Miyazaki está seguramente como Mestre para a Animação.

Spirited Away é, muito possivelmente, o expoente máximo de uma carreira assinalada com o fulgor da imaginação. Com títulos como  Princess Mononoke e Howl’s Moving Castle no seu reportório, Spirited Away consegue elevar-se como um absoluto registo de excelência, no que concerne à animação e à forma de contar histórias (e se não se assume como a melhor animação de todos os tempos, anda lá perto).

O nível de detalhe que em Spirited Away é conferido, o humor que nele está presente e a elegância com que a narrativa se desenrola não fazem deste filme apenas a viagem de Chihiro (como o título Português sugere), mas também a própria viagem do espectador. É um veículo que nos leva a um mundo onde o inimaginável se concretiza por entre as mais fantásticas figuras e entre as mais vibrantes cores. É uma delícia de filme.


9.5/10.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...