Foi um dos grandes vencedores da
passada cerimónia dos Óscares, arrecadando quatro estatuetas, estando a de
Melhor Realizador e a de Melhor fotografia entre elas.
Life of Pi foi para mim uma das grandes surpresas do ano. Não
colocando em causa a tamanha habilidade dos artesões que estiveram por detrás
de toda a produção, mas a sinopse do filme, e até mesmo o trailer (que apesar
de encher o olho), não tinham captado de forma alguma o meu interesse. “Um
rapaz e um tigre num barco durante duas horas? Yeah... I’m gonna go ahead and watch something else”. O passa-a-palavra do
filme foi, no entanto, constantemente bom. Lá dei o braço a torcer e vi o
filme.
Um início descontraído e bem-humorado
(Piscine Molitor, ri-me), Life of Pi,
debruça-se sobre o laço que Pi (do anteriormente mencionado Piscine) estabelece
com um Tigre – chamado Richard Parker! How
awesome is that? –, num bote salva-vidas, após um naufrágio. E é uma
relação que se extende para mais do que a mera questão da sobrevivência. Com
uma abordagem narrativa muito ligada à espiritualidade, Ang Lee leva o livro de
Yann Martel ao grande écrã com uma enorme destreza artística.
Por entre algumas das mais
espectaculares imagens que 2012 teve para oferecer, em Life of Pi existe uma história que é contada com um enorme tacto
(ainda que recaia no velho âmbito do “triunfo sobre a adversidade” ... hm.
Creio que é um tema que será recorrente aqui nesta lista) e um uso soberbo do
CGI, que deverá constituir uma referência no estado da arte das técnicas de
animação atuais. No final de contas, é um exercício singular, elegante e
imensuravelmente belo.
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