terça-feira, 11 de junho de 2013

As minhas escolhas 2012 - #02. Zero Dark Thirty (Bigelow)


Aproximamo-nos do número um, e o filme que ocupa a segunda posição desta contagem é o sucessor do multi-premiado The Hurt Locker, de Kathryn Bigelow: Zero Dark Thirty.

Focando-se na maior e mais mediática caça ao homem levada a cabo pelos EUA, Zero Dark Thirty deu que falar no ano volvido, levantando questões sobre o rigor dos eventos que nele são retratados e (re)acendendo discussões sobre tortura. Debruça-se, também, sobre a fina linha que separa a preseverança da obsessão, distanciando-se emocionalmente da história que retrata.

A mais que habilidosa mão de Kathryn Bigelow serve perfeitamente o filme e não permite que o foco da história se extenda para outros assuntos que não o da captura de Osama Bin Laden. Não é dada qualquer margem para explorar o background das suas personagens, apenas para fazer desenrolar os acontecimentos. É uma realização distante, altamente controlada e eficaz, o que aliada a um argumento firme, torna possível encontrar em Zero Dark Thirty momentos de tensão do mais alto nível. 

A comandar o ecrã desde a sua primeira cena está Jessica Chastain, numa interpretação nada menos que explosiva. Incansável, destemida e corajosa, Maya está determinada a encontrar Bin Laden e nada a fará parar até que suceda na sua missão. Em Zero Dark thirty, Chastain retrata todas essas características com uma impressionante força e com um magnetismo imensurável. A meteórica ascensão de Jessica Chastain em Hollywood está mais que justificada.

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