É certo e sabido que a Escandinávia já deixou a sua marca no mundo do Cinema, em grande parte graças ao papel da Suécia neste panorama. Ingmar Bergman foi (e ainda é) um dos nomes mais proeminentes da sétima arte. Esse país nórdico projectou ainda nomes como Ingrid Bergman, Max von Sydow e Liv Ullman (estes dois últimos eram frequentes colaboradores de Ingmar Bergman, tendo aparecido em inúmeros filmes do realizador sueco).
A Suécia continua com um papel relativamente activo no cinema mundial, com filmes como o Maria Larsson’s Everlasting Memories e a adaptação da célebre trilogia de Stieg Larsson, a Dinamarca deu-nos o polémico Lars Von Trier. A Finlândia brinda-nos com.... Nokias. E no meio disto tudo, a Noruega vai se assumindo sorrateiramente como um dos países a ter debaixo de olho. Quer sejam filmes que lidem com Trolls (Trollhunter) ou quer sejam filmes que demonstrem como é que a droga afecta e aliena um comum cidadão (Oslo, 31 August.), a verdade é que com este Headhunters, fico com 3 hits noruegueses e 0 misses. Excusado será dizer que largamente antecipo o que aí vier do Norte da Europa.
Já com um remake norte-americano em vista para 2014 (?), Headhunters debruça-se sobre Roger Brown (Aksel Hennie) – um caçador de talentos para grandes empresas com grande sucesso, que marginalmente rouba valiosas obras de artes para conseguir suportar o seu dispendioso nível de vida. No momento em que tem encontra Clas Greve (Nikolaj Coster-Waldau, mais conhecido pelo seu papel em Game of Thrones como Jaime Lannister), um potencial candidato para ocupar a chefia de uma grande empresa tecnológica, fica a saber que este tem na sua posse um quadro com um valor astronómico, e naturalmente, tenta roubá-lo. Contudo nem tudo corre conforme planeado, e rapidamente os papéis de caçador e presa alteram-se.
Talvez por ser um filme que contenha a sua quota-parte de twists, e por aliar uma determinada quantia de humor em vários pontos-chave do filme (isto já tinha sido observado em TrollHunter) ao seu ritmo rápido, não consegui ver este filme sem pensar várias vezes na obra de Guy Ritchie, Snatch. São contextos diferentes, e histórias diferentes também, mas há algo neste filme que me faz crer que tanto o filme de Morten Tyldum e de Guy Ritchie se complementam bem, e que serviriam para uma excelente sessão dupla para quem gosta deste tipo de thrillers.
É um filme esperto, com estilo e capaz de prender a atenção do espectador, com um elenco sólido, uma montagem concisa e uma história envolvente. Ainda que ache a parte final, que explica ao pormenor o porquê de as coisas terem acontecido da forma como aconteceram, um pouco desnecessária (talvez a teria incluído como um extra no DVD, ou algo do género, mas de qualquer forma), não são os últimos minutos do filme que invalidam tudo o que aconteceu antes, por isso, estou ok com isso.
Sinceramente nao gostei do filme, achei uma "americanada" ao estilo europeu
ResponderEliminarGonga - Eheh, então é certo que te vais afastar do remake? :) Cpts
ResponderEliminar