Spectacular Spectacular é o nome da peça que irá revolucionar o
submundo boémio de Paris e que irá tornar Satine (Nicole Kidman), a cortesã
mais cobiçada do Moulin Rouge, numa
das grandes actrizes da Europa. “So
exciting it will run for 50 years” dizem – ou melhor, cantam – os protagonistas
a certa altura.
E, efectivamente, Moulin Rouge! é um filme vibrante,
enérgico e excitante. Nesse sentido, o filme de Baz Luhrmann afigura-se como um
dos mais inovadores e refrescantes filmes dos últimos 15 anos, ainda que a
história – mais concretamente, o triângulo amoroso – caia em terreno demasiado
melodramático. Com o seu irreverente estilo e uma montagem hiper-frenética (e
aqui reside um dos aspectos mais fragilizados do filme: tanto corte na imagem,
especialmente durante os primeiros 20 minutos, poderá incitar um decréscimo da
atenção uma vez que o filme apresenta tantos estímulos em espaços tão curtos de
tempo... o cérebro poderá ter alguma dificuldade em processar a quantidade de
informação apresentada em 2 ou 3 segundos), Moulin
Rouge! resulta na medida em que toda a sua excessividade se adequa que nem
uma luva à sua história bigger than life.
A caracterização das personagens
secundárias, cada uma mais excêntrica que a outra servem também o propósito de
auxiliar o desenrolar do romance que Christian (Ewan McGregor) e Satine vivem –
e aqui, Jim Broadbent no papel de Harold Zidler é Rei.
Tendo dito tudo isto, o charme
deste filme advém, em grande parte, da química partilhada pelos dois actores
principais. McGregor e Kidman emanam uma certa inocência reminiscente das
grandes estrelas de cinema de outrora, e mergulham de tal forma na identidade
das suas personagens que conseguem trazer uma grande credibilidade a quem são,
ao que sentem e à sua relação. Um par extremamente carismático.
Com Paris como pano de fundo, Moulin Rouge! surge como um verdadeiro, opulento,
ambicioso e arrojado festim para os sentidos dando lugar ao nascimento de um
dos mais marcantes romances dos últimos anos. Spectacular, Spectacular.
C'est un film parfait, n'est pas :D ? Adoro, considero que praticamente todos os elementos do filme extravasam a perfeição. Bom texto ;)
ResponderEliminarSarah
http://depoisdocinema.blogspot.com
Sarah - C'est trés magnifique! ahaha e o meu Francês fica-se por aqui. Obrigado! :)
ResponderEliminarAcho que não há mal nenhum (e é profundamente legítimo) apelidá-lo de clássico incontornável do cinema, isto no que a musicais diz respeito. E é o meu musical preferido também.
ResponderEliminarabraço