terça-feira, 12 de março de 2013

La Passion de Jeanne d'Arc (1928, Dreyer)


 Numa palavra: Arrebatador.

domingo, 3 de março de 2013

Damages


A jovem hotshot Ellen Parsons (Rose Byrne) tem uma forte ambição e uma determinante força de vontade em marcar o universo legal com o seu nome. Patty Hewes (Glenn Close) é uma das mais proeminentes e temidas figuras do mundo da Advocacia e acolhe Ellen como a sua protégée. Com casos de alta exposição mediática, Ellen vê em Patty uma oportunidade brutal para alcançar o seu sonho, e Patty vê nos conhecimentos que Ellen tem uma mais valia para vencer o seu caso. Contudo, em Damages nada é o que aparenta ser.

“I was warned” – Ellen Parsons

Aspirações, ilusões, decepções, traições e conspirações constituem a norma em Damages. A fórmula de Damages assenta numa narrativa fragmentada, em que os eventos passados, presentes e futuros se misturam para aumentar os sentimentos de confusão e de desconfiança que assolam cada episódio da série. 

Apesar de ser algo inconstante (as temporadas 1, 4 e 5 são bem mais interessantes que as temporadas 2 e 3), Damages é bem executado através da forte caracterização das suas personagens, do rápido ritmo com o qual a acção se desenrola, de um argumento repleto de trama, intriga e twists, e das ilustres interpretações de Close e Byrne (ao longo das cinco temporadas), bem como de jogadores secundários como Ivanek (T1), Tomlin (T3) ou Baker (T4).

Na última temporada, que evoca Julian Assange e o caso WikiLeaks, assistimos a um contínuo confronto entre Parsons e Hewes. Diria mesmo que assistimos ao derradeiro confronto, dado que a série evolui nesse sentido: no sentido de colocar as suas duas personagens centrais em conflito direto, sem bullshits, com o objetivo último de ver quem ganha o julgamento. E ao longo da quinta temporada, a questão fica sempre a pairar no ar. Quem sairá vencedora no confronto Hewes vs. Parsons? Será que a pupila ultrapassa a Mestre? Contudo e depois de algumas viragens no argumento, o final de Damages apresenta-se como algo anti-climático. Não obstante, o percurso explosivo percorrido, até lá, é (e será) recordado como um estrondoso BANG.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Looking Back At 1990

#5
Edward Scissorhands
Dir. Tim Burton

#4
Misery
Dir. Rob Reiner

#3
Miller's Crossing
Dirs. Joel and Ethan Coen

#2
Wild At Heart
Dir. David Lynch

#1
Goodfellas
Dir. Martin Scorsese

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

The Impossible (2012, Bayona)


Em 2004, um dos maiores e mais significativos terramotos alguma vez registados teve o seu epicentro no sudeste asiático. Seguido de um massivo tsunami, a memória desse Natal, para inúmeras famílias, fica marcada pela dor e fragmentada pelos destroços da enorme catástrofe. The Impossible relata a experiência de uma família (Naomi Watts, Ewan McGregor e Tom Holland assumem, brilhantemente, os papeis centrais) que se viu envolvida no meio de todo aquele caos.

Cinco anos após o surpreendente El Orfanato, Juan Antonio Bayona volta à carga e transporta para o grande écrã os eventos acima mencionados e, com The Impossible, cria um afectante, poderoso e tocante filme. Recorrendo a um irrepreensível uso da sonoplastia, a segunda longa metragem de Bayona causa arrepios em diversos momentos e, nesse campo, a chegada – ou até mesmo os breves instantes antecedentes – da monstruosa onda figura-se como uma das cenas mais tensas do ano.

Nas suas interpretações, Ewan McGregor (a chamada telefónica é dolorosa de ser ver) e Naomi Watts (só de lembrar a simples imagem dela a agachar-se para se proteger do iminente choque é razão para sentir aquele frio arrepio) mantêm o alto calibre com que nos têm vindo a brindar ao longo das suas ilustres carreiras, conferindo uma grande empatia às suas personagens. Tom Holland é revelatório e, caso decida prosseguir com a carreira de actor, poderá vir a ser uma das futuras estrelas de Hollywood.

É fortemente emocional, ainda que tenha a ocasional cena em que a intelectualidade (forçada) venha um pouco mais à tona. Contudo, estas poucos momentos não põem em causa a experiência que o filme pretende transmitir, dado que The Impossible se alimenta, em primeira instância, da agonia, desespero e falta de rumo das suas personagens, e em segunda instância, dos laços que as unem.


9/10.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Nomeações aos Oscars


Já são conhecidos os nomeados para a 85ª edição dos Oscars. São nove os filmes na corrida para Melhor Filme, sendo que Lincoln – de Steven Spielberg – lidera o grupo na contagem de nomeações garantidas, com 12. The Life of Pi surge num segundo lugar com as suas 11 nomeações, e empatados no terceiro lugar temos Silver Linings Playbook e Les Misérables com 8 nomeações cada. Terá Zero Dark Thirty, um dos front-runners da época, perdido o fôlego perto da recta final? Certo que é candidato a uma pequena estatueta dourada em 5 categorias, mas vendo a ausência da sua realizadora, Kathryn Bigelow, no lote dos Melhores Realizadores faz-me pensar se o filme é/foi assim tão acarinhado pela academia...

A categoria de Melhor Realizador foi aquela que mais surpreendeu, tendo em conta que Michael Haneke (por Amour) e Benh Zeitlin (por Beasts of the Southern Wild) surgem do nada - especialmente este último -, deixando de fora pesados favoritos como a já mencionada Kathryn Bigelow, Ben Affleck (por Argo) e Quentin Tarantino (por Django Unchained).

Silver Linings Playbook marca presença nas categorias de Melhor Actor (Cooper), Actriz (Lawrence), Actor Secundário (De Niro) e Actriz Secundária (Weaver), e é o primeiro filme a conseguir alcançar este feito desde Reds, em 1981. 

Os vencedores serão anunciados no próximo dia 24 de Fevereiro.
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