quinta-feira, 23 de agosto de 2012

The Prestige (2006, Nolan)

 
“Are you watching closely?” 

Dois ilusionistas presos nas suas próprias ilusões formam uma rivalidade que lhes sairá cara após um trágico acidente num dos espectáculos em que colaboravam. Depois disso, a obsessão que têm em descobrir os segredos que estão por detrás dos truques do seu rival torna-se maior que a própria vida. 

The Prestige assinala a quinta longa metragem de Christopher Nolan e assinala também um dos filmes mais esteticamente apelativos de 2006, devido aos seus valores de produção que enchem o olho do espectador (excelente fotografia por parte de Wally Pfister) e com um ritmo que mantém o interesse no filme constantemente nivelado. A parelha Bale/Jackman lidera o ecrã eficazmente, ainda que por momentos seja Rebecca Hall quem rouba as luzes da ribalta.

Foi a primeira vez que vi o filme desde que estreou em 2006. Lembro-me de me ter sentido arrebatado por ele. Revisitando-o meia dúzia de anos depois posso dizer que esse impacto perdeu-se. Talvez isso tenha acontecido pelo facto de The Prestige se debruçar (em demasia) no seu big twist. Será que daqui a uns tempos, se voltar a vê-lo, irei ter outra vez aquela sensação de espanto que tive quando o vi pela primeiríssima vez? Ou será que a partir daqui a minha apreciação irá pelo cano abaixo? Esperemos para ver. 

6 comentários:

  1. O Christopher Nolan serve sempre a história, e quando a história já é conhecida os filmes parecem oferecer muito menos. Ainda assim, gostei deste filme. Cumprimentos

    http://onarradorsubjectivo.blogspot.pt/

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    1. Ainda continuo a gostar do filme, sem dúvida. Mas o entusiasmo por ele é que já não é tão forte como antigamente :P O MEMENTO ainda é um filme que se comporta muito bem com repetidas visualizações... esperava que este também o fosse, mas lá está... pode ser que este filme seja uma "montanha russa"... pode ser que da próxima vez volte a nutrir aquele entusiasmo inicial eheh :)

      Obrigado e cumprimentos!

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  2. Não sei se irá pelo cano abaixo, mas uma coisa é verdade, e aí estou contigo, o filme perde numa segunda visualização, o que é uma pena, revelando mesmo algumas fragilidades que nos passam da primeira vez. Ainda assim não deixa de ser um grande filme, na minha opinião - tem uma fotografia e encenação divinais, assim como um argumento mirabolante e poderoso. Como ponto negativo maior (e para além dos twists que se diluem nas revisões) aponto-lhe a quase ausência de banda-sonora, que aqui ajudava muito.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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    1. Jorge, por acaso, quando escrevi este breve texto estava a tentar lembrar-me da banda sonora e realmente, a sua quase ausência apenas serve para alimentar aqueles momentos de tensão mais acrescida! E fá-lo muito bem, diga-se de passagem :)

      Abraço

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    2. Sim sim claro, concordo, aliás é isso que digo sempre para mim mesmo quando penso no assunto. Mas também não deixo de pensar que se a banda sonora estivesse mais presente o filme ganhava com isso, talvez prolongá-se mais o fascínio que algumas cenas têm...enfim só um apontamento - está bem assim também. Já agora e por se falar em Memento, esse é ao contrário deste The Prestige, como o vinho do porto, quanto mais vezes o visitamos melhor parece...aquele argumento é qualquer coisa!

      Cumprimentos,
      Jorge Teixeira
      Caminho Largo

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    3. Ahah, true. Mas também consigo ver facilmente uma banda sonora super desadequada no filme que em vez de potenciar o efeito de algumas cenas, apenas distraísse do filme (o que aconteceu um pouco no INCEPTION - por muito awesome que algumas faixas fossem, senti que distraíam imenso!).

      Quanto ao MEMENTO... verdadeiramente uma das coisas mais originais que já vi :) Love it!

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