“Do you know what the most frightening thing in
the world is? It's fear.”
A obsessão de um homem pela sua
câmara. Pelo medo. Realizado por Michael Powell (a minha segunda incursão pelo
trabalho deste realizador – tendo a primeira sido BLACK NARCISSUS), Peeping Tom é um interessante exercício
que explora o psicológico de um assassino.
Fortemente marcado pelo facto de
ter servido como cobaia nas experiências do seu pai, Mark desenvolve uma forte
obsessão pelo medo. Anseia captar o medo na sua forma mais pura através da
câmara que anda sempre consigo. Filma as suas vítimas nos breves instantes em
que encaram a Morte.
É composto por uma respeitável
fotografia, por uma banda sonora que serve o propósito de espremer a máxima tensão
dos momentos que a exigem e por uma realização sólida. Contudo, a nível de
argumento, senti existirem algumas... pontas demasiado soltas que me levaram a distanciar-me
do filme, diminuindo o efeito potencial que poderia ter tido em mim enquanto
espectador (mas gostei particularmente da forma de como a câmara surge como um catalisador da acção, de como é que consegue moldar de forma vincada o comportamento da personagem). Será um daqueles filmes que irei apreciar mais há medida que o vá
revisitando? Parte de mim acha que sim, a outra acha que não. É uma questão de
voltar a pegar nele daqui a algum tempo.
No entanto, e apesar de ser
inferior à icónica obra de terror de Hitchcock lançada no mesmo ano – PSYCHO –,
tenho a sensação de que os dois até se complementam minimamente bem, e que
dariam uma boa double-feature.
Fabuloso e subestimado! Concordo com o último parágrafo :) Cumprimentos
ResponderEliminarhttp://onarradorsubjectivo.blogspot.pt/
À medida que vou pensando nele, mais vontade sinto em revisitá-lo - e tenho a sensação de que irei gostar ainda mais dele. :) Obrigado pelo comment! Cumpts.
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